Capítulo 1
"Ei, relaxa um pouco. Não aperta tanto." Samuel Harris sussurrou no ouvido de Alice Baker, sua voz tremendo levemente, áspera como lixa.
A grande janela do chão ao teto refletia seus corpos entrelaçados.
O cabelo longo de Alice estava solto e despenteado, e em seu estado de embriaguez, ela parecia ainda mais sedutora e delicada, seu hálito carregando uma sensualidade indescritível.
Debaixo dele, a excitação de Samuel crescia ainda mais, o abraço apertado fazendo-o querer ir mais fundo.
Em sua névoa alcoólica, um rosto bonito nadava diante de seus olhos, seu maxilar cerrado, respirando pesadamente.
Com cada investida de Samuel, Alice sentia seu corpo sendo preenchido, ondas de prazer sem precedentes lavando-a.
Ela estendeu os braços, envolvendo o pescoço de Samuel, puxando-o para um beijo em seus lábios frios e sedutores.
Tão frios, tão confortáveis.
O corpo de Samuel enrijeceu de repente, sua grande mão segurando a cintura de Alice, puxando-a firmemente contra ele, seus movimentos se tornando mais profundos.
À medida que ele ia mais fundo, Alice soltava gemidos suaves.
O quarto estava cheio dos sons dos gemidos de uma mulher e da respiração pesada de um homem, subindo e descendo juntos.
Na manhã seguinte.
Os efeitos do álcool ainda não haviam passado completamente, e Alice acordou com uma dor de cabeça latejante.
Ao se mover, seu corpo inteiro doía, especialmente sua vagina, que parecia estar em chamas.
As imagens do sonho da noite anterior, os movimentos para cima e para baixo, para dentro e para fora, passaram por sua mente. Um sonho poderia realmente parecer tão real?
Aquele sonho explícito fez Alice enterrar o rosto no travesseiro de vergonha.
Ela estendeu a mão para abraçar Evelyn Thomas, mas sua mão tocou uma pele lisa.
Ela tateou ao redor, confusa. Quando Evelyn ficou com o peito tão liso?
Alice puxou as cobertas, e a cena absurda fez com que ela sentisse como se o céu estivesse desabando.
Ao lado dela, deitado, estava um homem, nu, acordando sonolento.
Quando Alice viu claramente o rosto do homem, sua mente ficou em branco.
A noite passada não foi um sonho, não foi uma ilusão?
"Você está acordada?" A voz profunda de Samuel, tingida com a preguiça de quem acabou de acordar, soava particularmente agradável.
"O que você está fazendo no meu quarto? Como entrou aqui?" Alice puxou as cobertas até o peito, sua voz aguda e acusatória.
"Seu quarto? Talvez você devesse pensar de novo sobre o que fez comigo na noite passada." Samuel sentou-se, apoiando-se com uma mão, as cobertas deslizando de seu peito para seu abdômen.
Aqueles abdominais levemente visíveis, e mais abaixo, o volume sob as cobertas, fizeram Alice desviar o olhar de vergonha.
"Alice, belo nome. E professora, também. Não é uma profissão ruim." Os lábios de Samuel se curvaram levemente, um sorriso insinuando-se em seus olhos encantadores.
Alice olhou para cima e viu sua carteira de motorista na mão dele, imediatamente estendendo a mão para pegá-la.
"Por que você tem minha carteira de motorista? Você sabe que é ilegal mexer na bolsa de alguém? Eu poderia denunciá-lo!"
Os lábios de Samuel se curvaram levemente, "Sou advogado. Posso me defender."
Vendo a atitude descarada de Samuel, Alice tremia de raiva.
Fragmentos da noite passada, como cacos de vidro quebrado, perfuravam sua mente. A selvageria em seu sonho tinha sido, na verdade, com o homem à sua frente.
Antes que Alice pudesse organizar seus pensamentos, Samuel entregou-lhe dois documentos. "Qual você escolhe?"
"O que diabos é isso?" Alice estava perplexa com a súbita aparição dos contratos.
"Para evitar qualquer disputa desnecessária, redigi dois acordos enquanto você ainda dormia. Você pode querer dar uma olhada."
Alice pegou os acordos com um olhar confuso, e quando viu os títulos, seu sangue parecia congelar.
"Contrato de Manutenção" parecia uma faca fria espetando seus olhos.
O outro, um "Acordo de Rescisão", oferecia 20 mil dólares como compensação, como se estivesse colocando um preço nela pela noite passada.
E na linha de assinatura da segunda parte, seu nome já estava preenchido.
Esse cara havia pegado sua carteira de motorista enquanto ela dormia e preenchido todas as suas informações!
As mãos de Alice tremiam enquanto segurava os acordos, não de medo, mas de raiva.
Ela era professora, e agora estava sendo humilhada de uma maneira tão arrogante!
E o homem era advogado!
Vendo Alice permanecer em silêncio, Samuel ergueu uma sobrancelha, seu tom calmo, "Qual você escolhe?"
Alice não falou, apenas olhou para ele, seu peito arfando de raiva.
Uma mesada de 20 mil dólares para mantê-la?
Um pagamento único de 100 mil dólares?
Ele acha que ela é uma prostituta?
Quanto mais pensava nisso, mais irritada ela ficava. Alice amassou os acordos em bolas e os jogou aos pés dele, "Eu não escolho nenhum. Quem você pensa que é, tentando me comprar com dinheiro?"
Vendo Alice de repente zangada, a expressão composta de Samuel se transformou em surpresa. Antes que ele pudesse falar, Alice puxou duas notas de cem dólares da carteira e as jogou na mesinha de cabeceira.
"Este é o seu pagamento pela noite passada. Mesmo que sua performance tenha sido medíocre, sou generosa. Fique com o troco."
O rosto bonito de Samuel se contorceu, suas sobrancelhas franzindo enquanto olhava para os duzentos dólares na mesinha, tanto irritado quanto aborrecido. "Minha performance foi medíocre? Quem foi que ontem à noite atingiu o clímax repetidamente, implorando por mais?"
Como homem, como poderia ser dito que sua performance foi medíocre? Foi um insulto descarado!
"Isso foi só para proteger seu ego." O olhar de Alice caiu sobre a virilha de Samuel, balançando a cabeça. "Sugiro que você procure um especialista. Com sua condição, é embaraçoso estar por aí."
"Você!" Os olhos de Samuel brilharam de raiva, uma fúria que ele nunca havia sentido antes.
Ele abriu a boca para retrucar, mas Alice não lhe deu a chance.
Alice jogou os cobertores de lado, pisando descalça no carpete macio, seus movimentos ousados e decididos.
Ela se abaixou para pegar seu vestido, colocando-o lentamente, seu tom calmo, "Não vou assinar nenhum dos acordos. Com sua performance, eu me sentiria culpada em aceitar tanto dinheiro."
As palavras sarcásticas de Alice foram como um tapa na cara de Samuel.
Sem olhar para ele novamente, Alice endireitou as costas e caminhou até a porta. Ela parou, um sorriso frio nos lábios, "Sr. Harris, da próxima vez que redigir um acordo, aprenda o que significa respeito primeiro."
Com isso, Alice abriu a porta e saiu sem olhar para trás.
Samuel ficou paralisado, uma mistura de raiva e um sentimento estranho, indescritível, em seu peito. Como advogado, essa foi a primeira vez que ele ficou sem palavras diante da zombaria de alguém.
"Especialista?" ele murmurou, seus punhos se cerrando ao lado do corpo, fazendo um som.
Ela realmente disse que ele era inadequado!
