Capítulo 8

Alice tinha ido a dois encontros às cegas seguidos e estava quase desistindo de encontrar alguém para casar.

Os dois caras que ela conheceu não eram melhores que a família Wright.

Quando estava prestes a sair, um homem sentou-se à sua frente.

Ao ver o rosto dele, Alice franziu ligeiramente a testa. "O que você está fazendo aqui?"

O homem disse: "O mesmo que você, em um encontro às cegas."

Seguindo o olhar dele, ela percebeu que ele era o cara que tinha acabado de pedir R$ 888.000 adiantados.

Não é de se admirar. Só ele poderia ser tão descarado.

"O quê, veio aqui para rir de mim? Você não pareceu se sair melhor do que eu agora há pouco."

"Claro que não. Eu só tive uma ideia e queria discuti-la com você."

Samuel ergueu uma sobrancelha de forma marota, seus olhos brilhantes refletindo a silhueta de Alice.

"Que ideia?" Alice perguntou desconfiada, mantendo a guarda alta contra Samuel.

Embora tivessem sido íntimos antes, ainda eram praticamente estranhos. Alice sempre era cautelosa.

"Como estamos ambos com pressa para casar, por que não tentamos? Já fomos íntimos, você conhece meu tamanho, eu conheço sua profundidade. É melhor do que casar com um estranho, não acha?"

Alice quase cuspiu o café.

Como alguém podia ser tão descarado, dizendo coisas tão diretas com tanta naturalidade?

"Então, o que você acha? Quer considerar?" Samuel perguntou, levantando uma sobrancelha marotamente.

Olhando para o rosto dele, Alice teve que admitir que os traços de Samuel eram exatamente do tipo que ela gostava. Até a altura dele, mais de um metro e oitenta, era perfeita para ela.

Ela olhou nos olhos de Samuel. "Você está falando sério?"

Samuel respondeu: "Mais sério impossível! Pense nisso."

Vendo a expressão séria de Samuel, Alice ficou em silêncio por um momento antes de tomar uma decisão ousada. "Tudo bem! Vamos nos casar. Quero pegar a certidão de casamento hoje. Você pode fazer isso?"

Em vez de continuar indo a encontros às cegas com esquisitos, pelo menos Samuel era bonito e bom de cama. Mesmo que fosse só pela aparência, ela não sairia perdendo. Ele era bonito, afinal de contas.

Alice admitiu que era superficial. Ela realmente se importava com a aparência.

"Claro, sem problema!" Samuel balançou sua carteira de motorista.

Eles concordaram e foram direto para o Cartório de Registro Civil.

Quando a certidão de casamento foi carimbada, Alice sentiu-se um pouco tonta.

Saindo do Cartório de Registro Civil, Alice olhou para a certidão na mão, mal acreditando que tinha acabado de se casar.

"Para onde vamos agora?" Alice perguntou a Samuel, que tinha um ar um pouco malandro.

Seu novo marido—ela só sabia o nome e a profissão dele. Ela nem sabia se ele tinha uma casa ou um carro.

"Para o hospital." Samuel pegou a mão de Alice e chamou um táxi.

"Por que o hospital? Acabamos de fazer o exame pré-nupcial. Estou saudável." Pensando que Samuel queria um exame físico, Alice franziu a testa, confusa.

"Para checar o departamento de saúde masculina," Samuel disse isso enquanto puxava Alice para dentro do táxi.

"Por que o departamento de saúde masculina? Você tem algum problema?" Alice olhou para a virilha de Samuel.

Ela tinha acabado de se casar. Será que ele era infértil?

Pensando nessa possibilidade, Alice sentiu que poderia ter sido enganada.

"Você não disse que eu deveria fazer um check-up? Você me disse para procurar um especialista em saúde masculina."

Samuel se lembrava claramente disso.

Alice corou e endureceu o pescoço. "Na verdade, não é tão grave assim. Eu só estava..."

Antes que ela pudesse terminar, Samuel a interrompeu, "Já que você tem grandes expectativas para nossa vida sexual, eu preciso garantir que estou à altura. Caso contrário, você ficará desapontada."

Ela tinha grandes expectativas para a vida sexual deles? Quando foi que ela disse isso?

"Talvez devêssemos esquecer isso. Ir ao hospital para esse tipo de coisa é constrangedor, não é?" Alice sorriu de forma constrangida, seu rosto vermelho.

Ela pensou que ele desistiria, mas Samuel estava determinado a levá-la ao hospital.

Ele segurou a mão de Alice firmemente, seu tom resoluto. "De jeito nenhum. Isso é sobre sua felicidade nas próximas décadas. Se eu não puder te satisfazer, você ficará desapontada. Não se preocupe, eu vou me tratar e garantir que você esteja feliz todas as noites."

Alice estava impressionada com a cara de pau dele.

E ele já estava chamando-a de "esposa" tão naturalmente!

Vendo que não havia como convencê-lo do contrário, Alice o seguiu até a clínica de saúde masculina.

As enfermeiras de plantão ficaram encantadas com o rosto bonito de Samuel.

"Olha aquele cara. Ele é tão alto e bonito. Seus traços são perfeitos."

"Até o jeito que ele anda é charmoso. Nunca vi um homem tão bonito no trabalho."

As enfermeiras cochichavam entre si.

Uma suspirou, "Mas um homem tão bonito tem que consultar um especialista em saúde masculina. Aparência e saúde nem sempre andam juntas."

"Se eu pudesse ter um namorado tão bonito, aceitaria qualquer condição. O rosto dele é uma obra de arte."

Ouvindo as fofocas das enfermeiras, Alice ficou sem palavras.

Embora o rosto de Samuel fosse realmente impecável, não valia a pena sacrificar a felicidade por isso.

"É aquela ao lado dele a esposa? Ter um marido tão bonito deve ser uma alegria de se ver todos os dias. Estou com tanta inveja."

Alice ficou surpresa com o quão apaixonadas as jovens enfermeiras estavam por Samuel. Ela se perguntou se elas ainda sentiriam o mesmo se soubessem o quão descarado ele era.

Na porta da clínica, Alice queria esperar do lado de fora, mas Samuel a puxou para dentro.

Depois que o médico lhe deu um pedido de exame, eles foram até a estação de enfermagem para pegar um copo de amostra.

Vendo Samuel se aproximar, as enfermeiras o cumprimentaram, escondendo seu ciúme.

Samuel perguntou, "Posso pegar um copo de amostra?"

Vendo a maneira de Samuel, Alice revirou os olhos.

Ela duvidava seriamente se casar com ele tinha sido a decisão certa.

Uma enfermeira lhe entregou o copo de amostra, sorrindo apaixonadamente. "Senhor, você precisa de ajuda?"

Samuel sorriu levemente e respondeu, "Não precisa. Minha esposa vai cuidar disso."

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