Capítulo 3
Matthew a encarou com frieza e disse com uma voz gelada, "David Jones, vá ajudar a Srta. Martinez."
David, ainda em choque, tropeçou nos degraus, atordoado. "Sr. Moore, mas..."
Matthew repetiu, "Apenas vá."
"Certo." David, apoiando suas costas doloridas com uma mão e ajustando os óculos com a outra, virou-se e foi embora.
No vasto parque natural, apenas Matthew e Stella permaneceram.
Em outras palavras, se Stella morresse ali, ninguém saberia.
Afinal, ela era uma órfã sem família para buscar justiça por ela.
Stella engoliu em seco, sua mão segurando o taser escondido na cintura, seus olhos fixos em cada movimento de Matthew, atenta às suas intenções de silenciá-la.
Matthew se agachou, de repente agarrando o queixo de Stella, forçando-a a olhar para ele.
Sua figura imponente, agachada, bloqueava seu caminho, dificultando sua respiração.
"Stella, sua coragem me surpreende," a voz de Matthew estava desprovida de emoção.
Mas era precisamente esse tom que provava que ele tinha intenções assassinas.
Stella, à beira das lágrimas, falou apressadamente, "Sr. Moore, eu realmente entrei aqui por acidente. Eu posso apagar tudo no gravador. Juro que não direi uma palavra."
Matthew observou sua boca tagarela, seu polegar pressionando contra seu lábio inferior, esfregando-o sugestivamente, pressionando contra seus dentes. "Sua boca não parece dizer muitas verdades."
"O que devo fazer para te ensinar uma lição? Costurar sua boca? Ou cortar sua língua e arrancar seus olhos?"
Enquanto falava, sua expressão permanecia perturbadoramente normal, como se estivesse discutindo algo banal.
Stella sentiu um calafrio percorrer seu corpo. Esse Matthew era realmente um louco!
A persona educada que ele mostrava ao mundo era toda uma fachada!
Só agora Stella percebeu o tipo de pessoa que havia provocado, e se arrependeu profundamente, mas era tarde demais para voltar atrás.
"Stella, eu estou de olho em você." As palavras de Matthew eram como uma maldição, selando o destino de Stella.
Vendo que ele não tinha intenção de deixá-la ir, Stella lutou para apelar a ele. "Eu salvei sua vida uma vez. Se aquela seringa tivesse substâncias ilegais naquela noite, você estaria acabado!"
Os olhos de Matthew ficaram perigosos, seu aperto se apertando. "Você se lembra disso tão claramente. Parece que não posso te deixar ir."
Stella: Como salvar a vida dele se transformou em sua sentença de morte?
Como implorar não funcionava, ela perdeu a paciência e o ameaçou. "Se sua noiva descobrir sobre nossa noite juntos, você acha que ela ainda vai se casar com você sem nenhuma reserva?"
"Eu coloquei tudo sobre aquela noite em um e-mail. Se eu não cancelar, ele será enviado esta noite!"
Na realidade, ela não havia escrito nenhum e-mail.
Depois daquela noite, a mente de Stella estava consumida com pensamentos de vingança contra Matthew, deixando-a sem tempo para redigir um e-mail.
Matthew a estudou atentamente por um momento, então de repente a agarrou pelo pescoço, puxando-a para mais perto. "Se você estiver morta, eu posso lidar com o e-mail."
Seu aperto era forte, e o cotovelo de Stella doía de ser arrastada, a sensação de sufocamento ao redor de seu pescoço ficando mais intensa.
Com cada vez menos oxigênio, seus olhos começaram a se encher de sangue.
Ela não aguentava mais.
Stella, desconsiderando as consequências, puxou o taser e apontou para Matthew, pressionando o botão várias vezes em seu pânico.
Matthew desabou instantaneamente, seus olhos cheios de fúria, como se quisesse devorar Stella viva, mas estava impotente, apenas capaz de vê-la desaparecer de sua vista.
Stella correu para casa por um caminho lateral, sua mão tremendo incontrolavelmente enquanto segurava o taser.
Ela realmente havia atordoado Matthew! O Matthew que tinha imenso poder em Emerald City!
Ela estava praticamente morta agora.
Stella jogou água no rosto, tentando se acalmar, e rapidamente começou a fazer as malas. Mesmo tendo acabado de renovar o contrato de aluguel, aquele não era momento para sentimentalismos.
Ela não tinha muito o que empacotar e, assim que terminou, começou a procurar passagens de ônibus, planejando ir o mais longe possível.
Enquanto procurava, seu telefone tocou. Era Scarlett.
O coração de Stella deu um salto. Será que Matthew já a tinha encontrado na empresa?
O telefone continuava tocando.
Stella atendeu nervosa. "Oi, o que houve?"
Scarlett estava furiosa do outro lado. "Você poderia pelo menos ligar se não vai aparecer! Só porque está suspensa não significa que pode folgar!"
Stella ficou atônita. "Não fique brava. Não estou me sentindo bem e acabei de acordar."
Ao ouvir que Stella não estava bem, o tom de Scarlett suavizou. "O evento de abertura no Serenity Park foi transferido para o Malibu Resort depois de amanhã. Você vai comigo. Esta é sua chance de permanecer no departamento de notícias."
Stella ficou ainda mais confusa. "Você vai me levar para um evento tão importante? E o evento não seria no Serenity Park?"
Scarlett ficou em silêncio. Ela havia planejado levar o editor adjunto, mas a sede ligou, solicitando especificamente alguém da Universidade Celestial. Stella era a única no departamento que se formou lá.
Ela não explicou, apenas deu uma resposta vaga. "Você tem trabalhado duro. Estou te dando outra chance. O Serenity Park precisou reforçar a segurança, então o evento foi transferido para o Malibu Resort. Não se atrase desta vez."
"Entendi! Não vou me atrasar!" Stella se animou.
Ela não esperava outra oportunidade.
Esse evento certamente atrairia muitos líderes da indústria. Se ela trabalhasse duro e conseguisse um grande furo, poderia manter sua visibilidade. Assim, mesmo que Matthew quisesse prejudicá-la, teria que pensar duas vezes.
Stella de repente se sentiu esperançosa quanto ao futuro.
Mas ela não sabia que essa esperança na verdade era uma armadilha.
No escritório do presidente do Grupo Magnificent.
O médico, após revisar os resultados dos exames, olhou para a expressão fria de Matthew, hesitante em falar.
Matthew o encarou.
O médico falou imediatamente. "Não há nenhum problema grave, mas sua função masculina pode precisar de monitoramento."
A expressão de Matthew não mudou, mas o ar ao seu redor ficou mais frio.
Aquela vadia da Stella o havia atingido bem na virilha!
Felizmente, foi o último choque, e a corrente não foi forte o suficiente para causar danos permanentes.
Matthew fechou os olhos e acenou com a mão. "Vá preparar um plano de tratamento."
"Sim, senhor." O médico, aliviado, rapidamente arrumou suas coisas e saiu.
David entrou logo em seguida, reportando em voz baixa. "Tudo está arranjado. Ela estará no Malibu Resort."
Matthew reconheceu com um grunhido.
David, curioso, perguntou: "Você geralmente lida com pessoas como ela rapidamente. Por que mantê-la por perto desta vez? Está preocupado por ela ser repórter?"
"Você acha que eu teria medo disso?" Matthew abriu os olhos, com um brilho predatório neles. "Matá-la diretamente seria muito fácil. Quero vê-la desesperar, acabar com a própria vida de medo."
David pensou na Stella de olhos grandes e suspirou internamente, esperando que ela encontrasse uma saída.
"E você encontrou a pessoa que me drogou naquela noite?" Matthew perguntou.
"Eles já deixaram o país. O teste da droga voltou. É um novo tipo de droga, não disponível domesticamente, então não conseguimos identificar. É altamente alucinógena e viciante. Se não fosse pela Srta. Hall..." David parou de falar.
Matthew tamborilou os dedos, olhando para o crachá de imprensa de Stella sobre a mesa. "Pode ir agora."
