Capítulo 2
De repente, uma sombra caiu sobre a clareira, e um rugido monstruoso ecoou pelo ar. O dragão o havia encontrado. Com um golpe de sua poderosa cauda, derrubou-o no chão, e ele pôde sentir o calor da respiração da criatura em sua pele.
Usando cada grama de força que tinha, Markus se levantou e brandiu a Espada dos Deuses contra o dragão. A espada acertou com um clangor retumbante, e o dragão recuou, rosnando. Mas foi apenas um contratempo momentâneo, e logo o dragão recuperou o equilíbrio.
O dragão atacou com suas garras enormes, e ele mal conseguiu se esquivar. Seu coração batia forte no peito, e ele sabia que precisava encontrar uma maneira de derrotar a besta antes que fosse tarde demais. De repente, teve uma ideia. Fechou os olhos e se concentrou, focando toda a sua energia em seus sentidos.
Ele podia ouvir cada respiração do dragão, sentir o vento enquanto suas asas batiam, cheirar o fedor acre de suas escamas. Era avassalador, mas ele se forçou a manter o foco.
Os olhos de Markus se abriram de repente. Ele nunca esperava que o dragão o reconhecesse, muito menos que lhe mostrasse algum respeito. "Isso mesmo," disse ele, sua voz mais forte do que antes. "E estou aqui para reivindicar o que é meu."
O dragão abaixou a cabeça, e um baú dourado apareceu aos seus pés. Dentro havia pilhas de ouro e joias, mais do que Markus já tinha visto em toda a sua vida.
...
Enquanto Markus corria pela floresta, ele podia sentir o peso de sua tarefa pressionando sobre ele. Sua mãe ainda estava em perigo, e ele precisava encontrar uma maneira de salvá-la. Ele correu entre as árvores, sua mente a mil tentando descobrir o que fazer.
Então, quando estava prestes a perder a esperança, ele viu - uma luz brilhando à distância. Era a cidade, e era sua única chance de salvar sua mãe. Ele redobrou seus esforços, correndo em direção à luz com toda a sua força.
...
A Sra. Blackwood estava sentada em seu escritório, o fogo crepitando na lareira. Os criados lhe disseram que Markus havia partido sem aceitar o suborno, e sua mente fervilhava de possibilidades. Será que ele ainda se importava com sua filha, apesar de tudo? Ou era simplesmente uma questão de orgulho, e ele recusou o dinheiro por despeito?
Seja como for, ela sabia que precisava agir rapidamente. Chamou sua filha, Celeste, e disse que era hora de começar a planejar o casamento.
"Mãe, por favor!" implorou Celeste, sua voz trêmula de emoção. "Eu amo Markus, e acredito que ele ainda me ama. Ele não iria embora sem motivo. Temos que dar a ele uma chance de se explicar."
A expressão da Sra. Blackwood era fria e implacável. "Sinto muito, Celeste, mas não podemos esperar mais. Seu pai e eu tomamos nossa decisão, e você deve aceitá-la."
Celeste olhou para sua mãe, incrédula. "Mas e a minha felicidade?" perguntou, com os olhos cheios de lágrimas.
"Sua felicidade não é minha preocupação," disse a Sra. Blackwood, seu tom duro e implacável. "Seu dever para com esta família é o que importa. E seu dever é casar-se com Bradford e trazer honra ao nosso nome."
O coração de Celeste afundou, e ela se virou, incapaz de olhar para sua mãe por mais tempo. Ela sabia que precisava encontrar uma maneira de contatar Markus, de fazê-lo entender o que estava acontecendo. Ela tinha que salvar o amor deles, antes que fosse tarde demais.
...
Markus caminhava pelas ruas da cidade, seus pés pesados de cansaço. Ele havia trabalhado duro para ganhar o dinheiro que precisava, mas ainda se sentia vazio e insatisfeito. Ele havia perdido a mulher que amava, e parecia que nada mais poderia preencher o vazio em seu coração. Parou por um momento para recuperar o fôlego, e verificou sua tela de status para ver o quanto havia progredido.
Status Atual:
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Força: 40/100
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Agilidade: 50/100
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Inteligência: 60/100
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Sorte: 30/100
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Fama: 5/100
"Markus, meu querido," disse Nora, sua voz fraca, mas cheia de emoção. "Sinto muito por tudo que você passou. Nunca quis que você sofresse, que vivesse na pobreza e na humilhação. Eu só estava tentando te proteger."
Markus segurou a mão de sua mãe com delicadeza. "Eu sei, mãe. E eu te perdoo. Sei que você fez o que achava melhor para mim."
"Mas a linhagem da família Ironclad depende de você, Markus," disse Nora, seus olhos suplicantes.
"O que você quer dizer, mãe?" perguntou Markus, confuso com suas palavras.
"A linhagem da família Ironclad sempre esteve ligada ao deus da guerra," disse Nora, sua voz trêmula. "Sem você, sem um herdeiro digno, nossa família será esquecida. O legado do nosso nome desaparecerá na obscuridade. Eu preciso saber que você continuará a tradição."
Markus olhou nos olhos de sua mãe e pôde ver o medo e a preocupação ali. "Eu prometo, mãe," disse ele, sua voz forte e segura.
"Meu filho," começou Nora, sua voz fraca, mas cheia de amor. "Preciso te contar sobre seu pai. Ele era um homem de honra e coragem, e morreu nos protegendo quando você nasceu. Embora ele tenha partido, seu espírito vive em você. Você tem a força e a coragem dele, e sei que o fará orgulhoso."
Lágrimas escorriam pelo rosto de Markus enquanto ele ouvia as palavras de sua mãe. Ele nunca conhecera seu pai, mas agora sentia uma conexão com ele que nunca havia sentido antes.
"Seu pai morreu como um herói, Markus," disse Cedric, seus olhos brilhando com lágrimas. "Ele manteve os matadores de deuses afastados enquanto sua mãe estava em trabalho de parto, e deu sua vida para que ela pudesse estar segura. Ele foi um homem corajoso e honrado, e sempre será lembrado por seu sacrifício."
O coração de Markus doía ao pensar na morte de seu pai. Ele nunca o conhecera, mas sentia um orgulho pelo que ele havia feito. "Estou honrado em ser seu filho," disse ele, sua voz falhando.
Markus olhou para sua mãe, deitada fraca e frágil em sua cama, e foi tomado por um sentimento de gratidão. Apesar dos desafios que enfrentaram, sua mãe sempre esteve ao seu lado, fornecendo força e orientação quando ele mais precisava. Ele sabia que seu pai tinha tido sorte de ter uma mulher tão sábia e amorosa ao seu lado.
Embora o império tivesse caído, Markus sabia que tinha feito tudo o que podia para salvar aqueles que ficaram para trás. Ele os levou para um lugar seguro, e agora estavam reconstruindo suas vidas em uma nova terra.
Nora sabia que seu filho estava destinado à grandeza, mesmo que o mundo ainda não soubesse disso. O inimigo não suspeitaria que o deus da guerra estava escondido à vista de todos, ajudando sua mãe e vivendo uma vida simples. Mas ela podia ver a força e o poder dentro dele, e sabia que em breve ele teria que assumir seu lugar de direito no mundo.
E assim, Markus começou seu treinamento. Passava horas aprimorando suas habilidades, aprendendo a lutar com espada e escudo, e praticando a arte da batalha.
...
"Celeste, sei que isso é difícil, mas você precisa entender que esta é a única maneira de salvar a honra da nossa família," disse Lady Blackwood, seu rosto severo e inflexível. "Você deve cumprir seu dever e se casar com Bradford."
Celeste cerrou os punhos, sua frustração transbordando. "Mãe, eu não posso me casar com Bradford. Eu não o amo, e nunca amarei. Meu coração pertence a outro."
Os olhos de Lady Blackwood se estreitaram, e sua voz era como aço. "Seu coração não tem importância."
Celeste discou o número, seus dedos tremendo. Ela não tinha ideia se Markus atenderia, ou se ele sequer estava com o telefone. Ela esperou, cada toque do telefone fazendo seu coração bater mais rápido. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ela ouviu o som de sua voz.
"Alô?" disse Markus, sua voz soando distante e fraca.
"Markus!" exclamou Celeste, alívio inundando-a. "Eu preciso falar com você."
