Capítulo 6 Ele gosta de mulheres burras e de seios grandes

Depois de sair do escritório, Winona decidiu que era hora de escrever sua carta de demissão. Quando estava prestes a sair, ouviu uma voz estridente atrás dela. "Winona, por que você ainda não trocou a tinta da impressora? Rápido, eu preciso dela."

Winona revirou os olhos e se virou. Claro, era Jane Tate, a rainha do escritório em tornar sua vida difícil, olhando para ela com uma pilha de papéis na mão.

Desde que Zachary deixou claro que não gostava de Winona, todos no 36º andar seguiram seu exemplo, mandando nela. Jane era a pior de todos.

Winona forçou um sorriso. "Desculpe, Jane, estou prestes a pedir demissão. Você vai ter que encontrar outra pessoa para isso."

Jane a olhou de cima a baixo com um desdém. "Perdeu a motivação depois do término? Ou seu ex-namorado rico não está mais pagando as contas?"

Winona não conseguia entender a lógica de Jane. Jane estava convencida de que Winona conseguiu o emprego graças a algum ex-namorado.

Winona sempre tentou manter a paz, não querendo que Zachary a visse sendo empurrada. Mas agora, com seu término com aquele idiota do Zachary iminente, por que se preocupar? Ela disse: "O quê? Jane, parece que você está feliz que eu estou saindo. Esperando conseguir meu lugar como assistente pessoal de Zachary?"

O rosto de Jane ficou rígido, pega de surpresa. Ela empurrou os documentos com raiva nos braços de Winona. "Que bobagem você está falando? Eu sou a assistente especial dele, não como você, uma assistente pessoal. Você ainda não pediu demissão, então faça seu trabalho."

"Mesmo?" Winona sorriu. "Eu pensei que você tinha uma queda por ele e estava morrendo de vontade de ser sua assistente pessoal. Afinal, eu vi o papel de parede do seu telefone na sala de descanso da última vez, e o cara nele parecia muito com ele."

A voz de Winona era alta o suficiente para todos ouvirem, e todos se viraram para olhar. O rosto de Jane ficou vermelho como um tomate, e sua voz vacilou. "Winona, do que você está falando? Eu só pedi para você trocar a tinta. Não precisa me difamar se você não quer fazer isso."

Winona não precisava olhar para saber que Zachary havia saído de seu escritório. Certamente, sua voz fria seguiu. "Srta. Sullivan, eu não sabia que suas habilidades eram tão deficientes que você não conseguia nem trocar a tinta."

Winona se virou para ele com um sorriso. "Sr. Bailey, parece que você esqueceu que meu trabalho é ser sua assistente pessoal, não trocar tinta. Esse é o trabalho da Jane. Em todas as reuniões, você enfatiza que cada um deve lidar com suas próprias tarefas e não jogá-las nos outros. Mas agora, você está bem com a Jane empurrando o trabalho dela para mim..."

O olhar de Winona se deslocou significativamente entre Zachary e Jane. "Sempre pensei que Zachary gostasse de mulheres peitudas e burras. Agora parece que você mudou seu gosto para mulheres de peito pequeno e burras. Você deveria ter dito antes; tenho certeza de que Jane ficaria encantada."

O rosto de Jane ficou vermelho de raiva, e ela retrucou. "Não ouse espalhar mentiras."

Mas ela estava desesperadamente tentando juntar os braços, na esperança de criar alguma aparência de decote em seu peito modesto.

As palhaçadas ridículas de Jane e as palavras afiadas de Winona deixaram Zachary, geralmente tão rápido nos negócios, completamente sem palavras.

Ao soltar aquela bomba, Winona acenou com a mão de forma teatral. "Desejo a vocês dois um relacionamento feliz. Ah, Sr. Bailey, não se esqueça de aprovar minha carta de demissão. Vou enviá-la por e-mail em breve."

De volta à sua mesa, Winona se sentia entediada. Seu desabafo anterior fez todos pensarem duas vezes antes de zombar dela, e ninguém mais ousava mandá-la fazer qualquer coisa. Depois de terminar sua carta de demissão, decidiu abandonar o trabalho.

Assim que chegou ao hotel e se jogou na cama macia, o telefone tocou. "Desculpe, Sra. Sullivan, há um problema no seu quarto que precisa de reparos. Não temos outros quartos disponíveis. Reembolsamos a taxa do seu quarto e uma compensação na sua conta bancária. Pedimos desculpas pelo inconveniente."

Winona levantou-se de um pulo. Ela tinha acabado de xingar Zachary, e agora o hotel estava expulsando-a. Não podia acreditar que isso não fosse coisa de Zachary.

Mas os funcionários do hotel estavam apenas fazendo seu trabalho, então ela não queria dificultar as coisas para eles. Winona reuniu seus pensamentos e, rangendo os dentes, pediu ao gerente do hotel para passar uma mensagem, "Diga àquele idiota do Zachary que espero que a impotência dele melhore logo, para que outras garotas não fujam por causa do pênis pequeno e dos hobbies pervertidos dele."

A mensagem era tão absurda que o gerente do hotel ficou chocado e não se atreveu a passá-la para Zachary. Mas logo, um boato se espalhou entre todos os hotéis de que Zachary, conhecido por suas ações decisivas, era na verdade impotente e tinha alguns hobbies estranhos. Diziam que ele mantinha muitas garotas jovens em casa, e uma tentou fugir, mas teve um fim trágico.

Winona não tinha ideia do quanto suas palavras raivosas tinham prejudicado a reputação de Zachary. Ela carregou sua mala até a entrada do hotel, onde o motorista da família Bailey a esperava. "Sra. Bailey, o Sr. Bailey está esperando a senhora no Regal Oaks."

Winona o ignorou e caminhou direto para o hotel do outro lado da rua, usando o cartão que Zachary lhe dera.

A recepcionista do hotel sorriu e devolveu o cartão. "Desculpe, senhora, este cartão foi bloqueado, e nosso hotel está passando por manutenção com poucos quartos disponíveis. Pedimos desculpas pelo inconveniente."

Nesse momento, Winona percebeu por que o motorista não a impediu. Zachary havia se certificado de bloquear seu cartão e instruir os funcionários do hotel a não acomodá-la.

Ela poderia ficar em um hotel barato, mas isso iria contra seu plano de gastar o dinheiro de Zachary.

Winona sentou-se na calçada por um bom tempo antes de decidir buscar refúgio com sua amiga Rebecca.

Rebecca estava aplicando uma máscara facial quando recebeu a ligação de Winona e desceu correndo para ajudar com a bagagem.

Ao ver o "rosto pálido" de Rebecca, Winona não pôde deixar de estremecer. "Você está tentando me dizer que não sou bem-vinda aqui?"

Rebecca deu um tapinha brincalhão nas costas de Winona. "Que bobagem! Estou mostrando meu coração puro, deixando você ver meus sentimentos sinceros."

Winona não discutiu, mas sua frustração anterior derreteu na brincadeira entre elas. Ela entregou sua bagagem a Rebecca, e a ferida que havia coçado mais cedo ainda estava sangrando.

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