Capítulo 1

Ponto de Vista de Samantha

“Droga, você é tão apertada, Samantha,” Dominic murmurou enquanto empurrava seu pau mais fundo. Eu agarrei seus ombros, um choque de dor percorrendo meu corpo enquanto ele continuava, parecendo focado, mas distante.

Olhei para ele, tentando ver algo, qualquer coisa que fizesse isso parecer real, mais do que um dever conjugal. Seu queixo afiado, a barba escura que o delineava, seus olhos profundos, quase perigosos. Ele tinha a pele bronzeada e cílios longos e grossos que emolduravam aqueles olhos intensos, um rosto que poderia atrair qualquer um sem dizer uma palavra. Ele era tudo que uma loba poderia querer, inclusive eu, e ele sabia disso.

Esse era o homem que eu amava há anos, o Alfa que todos admiravam, aquele que fazia todas as outras garotas da alcateia olharem para ele com uma mistura de admiração e desejo, querendo, ansiando por sua atenção, seu toque e tudo dele. E agora, aqui estava ele – meu marido. Eu deveria me sentir a mulher mais sortuda do mundo. Mas a cada investida, era dolorosamente claro que, para ele, eu era apenas alguém para usar, um brinquedo para brincar sempre que ele precisasse.

Ele não me olhava como um homem olha para sua companheira, não com calor, não com amor. Para ele, eu era apenas um objeto para brincar. Seus movimentos eram rudes, desprovidos de qualquer conexão real. Ele segurava meus quadris firmemente, mas não havia ternura em seu toque – apenas o empurrar e puxar persistente, não era íntimo.

Eu queria dizer a ele que era minha primeira vez, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele empurrou mais forte, me preenchendo com uma pressão súbita que me fez ofegar. Mordi o lábio para sufocar um grito, lágrimas brotando nos olhos. Ele não parou ou pareceu notar. Ou se notou, não se importou.

Isso deveria ser tudo que eu sempre sonhei, e por anos, eu o quis, cada parte de mim ansiando por uma vida com ele, acreditando que um dia, ele me veria. Ele realmente me veria... e me amaria.

Mas agora, tudo que eu podia sentir era o espaço vazio entre nós, o olhar frio apesar do calor de seu corpo, o olhar distante apesar de estarmos tão próximos, a distância que parecia nos separar apesar de estarmos pele a pele. Mordi o lábio para segurar as lágrimas, recusando-me a deixá-lo ver o quanto isso me despedaçava. Ele se inclinou, seu cabelo escuro caindo sobre a testa, perto o suficiente para que eu pudesse sentir o leve cheiro de cedro e fumaça que impregnava sua pele – um cheiro que antes preenchia minhas fantasias, mas agora só me lembrava de como ele era inalcançável.

Eu o vejo como meu tudo, mas ele me olhava como se eu fosse nada, e esse caso, como se ele estivesse apenas cumprindo algum dever inevitável. No entanto, para mim, era mais do que apenas um dever.

“Relaxe, você queria isso,” ele sussurrou no meu ouvido, quase impacientemente, suas mãos segurando meus quadris, estabilizando enquanto ele esticava minha buceta, rasgando meu hímen enquanto empurrava mais fundo.

Os movimentos de Dominic aceleraram, cada investida me levando mais perto do limite, um lugar onde dor e desejo se confundiam. Seus lábios roçaram meu pescoço, e eu pensei, esperei, por um momento que ele pudesse me marcar, que ele pudesse me reivindicar como sua. Mas em vez disso, ele se afastou, seus lábios se curvando em um sorriso de escárnio enquanto me observava me contorcer debaixo dele.

“Olha para você, uma vadia,” ele murmurou com desdém. “Era isso que você queria, não era? Ser usada assim?” ele investiu com um tom zombeteiro.

“Não,” eu sussurrei, minha voz mal audível, presa entre a vergonha e o prazer humilhante que ele me forçava a sentir.

Ele apertou seu aperto, investindo ainda mais forte. “Não minta. Você queria esse casamento. Você me queria.” Seus olhos se fixaram nos meus, desafiando, me desafiando a negar.

“Dominic,” implorei, sentindo a acumulação no meu núcleo. Eu me contraí em volta do seu pau enquanto ele me fodia sem parar, “porra,” ele grunhiu, segurando meus quadris com força suficiente para deixar marcas.

A tensão continuava a crescer dentro de mim, precisando ser liberada, mas eu não conseguia alcançar o clímax sem ele me provocando com cada investida dura e retirada, negando-me o alívio que eu ansiava.

Ele esfregou seus dedos no meu clitóris, me enviando em outra espiral enlouquecedora, ele beliscava e circulava, e minhas costas se arqueavam, implorando por mais pressão enquanto ele continuava a me preencher com seu pau, “Não pare,” gemi.

A vergonha queimava dentro de mim, mas as sensações sobrepujavam tudo o mais. Eu estava presa no feitiço dele, presa entre meus próprios desejos e meu amor impotente por um homem que me via como um objeto.

“Sim. Ah!” Eu rebolava meus quadris encontrando suas investidas, fechando os olhos, embriagada na sensação que queimava meu corpo, me empurrando para o limite. O choque de eletricidade percorrendo meu corpo toda vez que ele acertava deliberadamente meu ponto G de uma maneira mais dura, porém mais prazerosa, era insuportável, me fazendo oscilar à beira do colapso.

“Você quer mais, né?” ele provocou, um sorriso perverso se espalhando por seu rosto enquanto me observava me contorcer debaixo dele. “Diga o quanto você quer isso, Samantha.”

“Não,” gemi, tentando recuperar o fôlego enquanto nossos corpos balançavam a cada estocada que ele dava.

“Mentira.” Ele estocou com força e eu gritei. “Sua boceta apertada está estrangulando meu pau, Samantha. Minta, eu te desafio,” ele ameaçou, parando de se mover, negando-me o que eu precisava.

“Eu quero você,” suspirei, sentindo o calor subir nas minhas bochechas. “Eu preciso de você.”

“Implore,” ele ordenou, parando, sua respiração pesada contra minha pele. “Implore por isso, Samantha. Me mostre o quanto você quer isso.”

“Por favor…” sussurrei, minha voz rouca, derrotada.

“Por favor o quê?” Ele provocou, olhos semicerrados, saboreando cada momento da minha submissão.

“Por favor, Dominic… eu preciso de você.”

Uma satisfação sombria brilhou em seus olhos enquanto ele retomava o ritmo, mais forte, mais rápido, cada estocada me levando a espiralar em direção ao alívio que eu tanto temia quanto desejava. Agarrei os lençóis, meu corpo arqueando em direção a ele enquanto ele me preenchia completamente.

“Deus, você é incrível,” ele gemeu, suas mãos percorrendo meu corpo. Eu podia sentir seus dedos cravando em minhas coxas, me segurando no lugar enquanto ele ia mais fundo, mais forte, me possuindo de uma maneira que eu só havia fantasiado.

“Não pare,” ofeguei, minha respiração entrecortada a cada estocada poderosa.

O modo como ele disse isso fez meu coração disparar, e meu centro latejou, sentindo a liberação iminente. A tensão se enrolava firmemente dentro de mim, cada estocada me empurrando mais perto desse limite.

“Isso mesmo,” ele incentivou, grunhindo enquanto perseguia seu próprio clímax. “Quero ver você desmoronar para mim.” Ele estocou mais forte, e eu senti aquela onda avassaladora me derrubando, me puxando para baixo.

“Ah, Deus, eu estou—” A tensão cresceu dentro de mim, se enrolando mais e mais até que eu não pude mais segurar. Com uma última, brutal estocada, ele me empurrou para além do limite, e eu me desmanchei, o prazer percorrendo meu corpo em ondas que me deixaram sem fôlego.

Ele se movimentou dentro de mim uma última vez, mais forte, mais desesperado, acompanhando meu clímax e me preenchendo completamente enquanto eu me perdia na sensação.

“Porra,” ele gemeu, seu corpo se tensionando enquanto ele liberava sua carga dentro de mim, jorrando, preenchendo minha buceta.

Eu permaneci imóvel, tremendo com os resquícios, ele se afastou, me deixando fria e exposta. Observei enquanto ele se levantava, pegando suas roupas com uma indiferença casual que parecia um tapa.

Ele mal olhou para mim, como se eu já estivesse esquecida.

“Onde você vai?” consegui perguntar.

“Não pense demais,” ele respondeu, vestindo a camisa. “É só sexo, nada mais.”

“Mas… você não me marcou,” gaguejei, a realização me atingindo como um soco no estômago. Meu coração afundou ao pensar que, mesmo tendo me entregue a ele, ele ainda não poderia me amar.

Ele parou, olhando para mim com um toque de irritação. “Marcar você? Por que eu faria isso? Este foi um casamento arranjado, Samantha. Não se iluda pensando que isso significa algo para mim.”

“Dominic… nós estamos casados,” tentei lembrá-lo, o desespero rasgando minha voz.

Ele riu friamente, zombeteiro e indiferente. “Casamento é só um contrato, Samantha. Você não é nada mais do que uma Luna sem lobo, uma obrigação à qual estou preso. Não leia mais do que isso.”

Enquanto eu estava deitada ali sozinha, as memórias do nosso casamento inundaram minha mente.

O sol entrava pela suíte nupcial enquanto eu estava diante do espelho no meu vestido de noiva. Lena, minha futura sogra, entrou e ficou boquiaberta. “Oh, Samantha, você está absolutamente deslumbrante!”

“Se ao menos sua mãe pudesse ver você neste vestido,” ela disse, a voz tingida de tristeza.

Forcei um sorriso. “Ela teria adorado. Mas eu tenho sorte de ter você, Lena. Você tem sido como uma mãe para mim.”

Lena sorriu, orgulho brilhando através de suas lágrimas. “Você vai ser uma Luna linda. Dominic tem muita sorte de ter você.”

Nesse momento, a porta se abriu, e Dominic entrou. No momento em que ele me viu, sua expressão azedou. “O que é tudo isso? Uma Luna sem lobo em um vestido chique? Que coisa mais brega,” ele zombou.

Lena se colocou entre nós, olhando para ele com raiva. “Dominic, já chega. Samantha vai ser sua esposa. Ela não precisa ter um lobo para ser uma Luna.”

“Sério?” ele zombou. “Você acha que isso é suficiente? Isso é ridículo.”

Os olhos de Lena se estreitaram. “É considerado azar o noivo e a noiva se verem antes do casamento. Você precisa sair.”

“Azar?” Dominic riu. “O que isso importa? Já tenho azar suficiente por estar me casando com Samantha.”

Suas palavras cortaram fundo. Engoli em seco, tentando não chorar. Eu esperava gentileza dele hoje, mas em vez disso, ele me serviu desprezo.

“Saia, Dominic,” disse Lena firmemente. “Deixe-a ter este momento. Vá encontrar algo para ocupar seu tempo.”

Dominic olhou com raiva, mas eventualmente deu de ombros, se virando para sair. “Tanto faz. Não se iluda pensando que eu vou algum dia ser um marido carinhoso. Você é apenas uma Luna sem lobo para ser usada.”

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