Capítulo 1: Minha noite mais quente

POV de Nora

O quarto VIP do Vibe era um maldito buraco negro quando empurrei a porta. A mensagem tinha sido clara: Sala 7, meia-noite.

"Olá?" eu sussurrei, apertando os olhos na escuridão sufocante.

Uma sombra alta se mexeu no sofá do outro lado do quarto. Mesmo na completa escuridão, eu consegui identificar aqueles ombros largos, aquela aura dominante. Meu coração disparou. Caramba, ele está aqui. Ele realmente apareceu.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a figura se levantou e fechou a distância em três passos poderosos. Mãos fortes agarraram minha cintura, puxando-me contra um peito duro como uma rocha.

"Eu preciso de você. Agora," uma voz profunda e rouca rosnou, enviando um arrepio direto pela minha espinha até se acumular entre minhas coxas.

A voz dele soava diferente - mais áspera, mais primitiva do que eu lembrava - mas eu não me importava. Depois de meses desse vai-e-vem, finalmente estávamos aqui.

Respondi subindo nas pontas dos pés, colidindo meus lábios com os dele. O vestido deslizou, deixando-me nua diante dele.

Ele me guiou para trás até minhas pernas baterem no que parecia ser uma cama. Sua boca me reivindicou, explorando com uma habilidade que arrancou um gemido da minha garganta, suas mãos encontrando todos os pontos que me faziam arquear contra ele, desesperada por mais.

"Caramba, você está tão molhada para mim," ele arfou, a voz carregada de desejo enquanto deslizava dois dedos dentro de mim, me esticando, fazendo-me arfar e agarrar seus ombros.

"Mais," eu implorei, minha voz um sussurro quebrado, os quadris movendo-se contra sua mão. "Eu preciso de você dentro de mim."

Ele não me fez esperar. Quando finalmente me penetrou, seu pau grosso me preenchendo completamente, a sensação foi avassaladora. Ele era enorme, me esticando de maneiras que eu não esperava, cada estocada crua e impiedosa, como se estivesse reivindicando cada centímetro de mim. Eu não sabia se era a escuridão ou outra coisa, mas ele me fodia como um homem possuído, cada movimento carregado de uma necessidade desesperada.

"Caramba, você é tão gostosa," eu gemi.

"Receba tudo," ele rosnou, seu ritmo brutal, os quadris batendo contra os meus, o som molhado de nossos corpos ecoando na escuridão. Sua boca colidiu com a minha quando tentei falar novamente, sua língua dominando a minha enquanto ele me fodia mais forte.

Eu gritei em seu ombro enquanto meu orgasmo me rasgava, minha buceta pulsando ao redor dele, sugando cada gota enquanto ele se derramava dentro de mim. Ele desabou contra mim, nossos corpos suados entrelaçados, peitos arfando. Eu podia sentir o calor pegajoso dele escorrendo de mim, um lembrete cru do que acabávamos de fazer.

"Nunca senti nada assim," eu sussurrei, me aninhando em seu calor, inalando um cheiro que era desconhecido, mas incrivelmente intoxicante.

Ele grunhiu, um som baixo e satisfeito, sua respiração desacelerando enquanto o cansaço tomava conta. Eu dei um beijo preguiçoso no que achei ser seu ombro, um sorriso bobo surgindo em meus lábios enquanto o sono também me arrastava.


A luz do sol perfurou minhas pálpebras como uma faca, me trazendo de volta à realidade. A deliciosa dor entre minhas coxas gritava que a noite passada não foi um sonho.

Estendi a mão pela cama, esperando encontrar pele quente, mas só encontrei lençóis frios. "Sam?" eu murmurei, sentando e segurando o lençol contra meu peito.

O quarto estava vazio. Sem bilhete. Sem mensagem. Apenas as evidências bagunçadas da nossa noite - lençóis amassados, o leve cheiro de sexo, e os restos secos do sêmen dele nas minhas coxas.

Eu estava sonhando? me perguntei, até que a dor me atingiu novamente. De jeito nenhum, aquilo foi real.

"Sam?" eu chamei mais alto, minha voz ecoando nas paredes vazias. Ele foi embora. De novo. Por que diabos eu pensei que desta vez seria diferente?

Peguei meu celular da bolsa jogada, os dedos pairando antes de digitar: "Por que diabos você foi embora sem dizer nada?"

Mensagem entregue. Nenhuma resposta. Cinco minutos se transformaram em dez. Nada. Desisti, levantando minha bunda triste da cama para juntar minhas roupas.


A residência da família Frost ficava em um tranquilo subúrbio. Empurrei a porta da frente, me preparando para a bronca sobre ficar fora a noite toda.

Em vez disso, minha mãe, Mable Frost, veio correndo em minha direção com um sorriso. "Querida! Você finalmente chegou em casa!" Ela me abraçou, me abraçou. Em mais de vinte anos, eu podia contar seus abraços em uma mão.

"Mãe?" Dei um passo para trás, olhos semicerrados. "O que diabos está acontecendo?"

"Estávamos esperando por você," meu pai, Greg Frost, surgiu da sala de jantar, realmente sorrindo. "Temos notícias incríveis!"

Na sala de jantar, todos os meus pratos favoritos estavam dispostos: rabanadas, ovos Benedict, salada de frutas frescas, até meu amado mocha gelado.

"O que está acontecendo?" Perguntei, me aproximando da mesa lentamente.

Papai puxou uma cadeira: "Sente-se, princesa. Estamos comemorando!"

"Comemorando o quê exatamente?" Perguntei, sentando-me cautelosamente.

Ele levantou sua xícara de café com um sorriso misterioso: "A família Claflin escolheu você. Em uma semana, você se casará com Alexander Claflin."

Meu garfo caiu no prato: "O QUÊ? Alexander Claflin? O bilionário em estado vegetativo? Vocês estão loucos?"

"Nora, linguagem!" Mamãe repreendeu, embora seu sorriso permanecesse.

"Vocês sabem que eu tenho um namorado—o Sam!" Protestei, "Como puderam sequer considerar isso?"

Mamãe acenou despreocupadamente: "Não seja boba, querida. Os Claflin são muito mais ricos que os Norton. A família do Sam nunca te aceitou por causa do nosso passado modesto, mas agora você vai se casar com os Claflin! Não é maravilhoso?"

"Maravilhoso? Vocês estão me vendendo!" Levantei-me, tremendo de raiva.

A expressão do papai endureceu: "A família Claflin nos ofereceu cem milhões de dólares, Nora. Se desistirmos agora, não só perderemos o dinheiro, mas seremos banidos desta cidade para sempre!"

"Eu não me importo!" Gritei, "Sou sua filha! Mesmo que vocês não me amem tanto assim, não podem simplesmente me vender para um homem em estado vegetativo!"

Mamãe soltou uma risada fria: "Minha querida filha, acho que é hora de te contar algo. Você não é nossa filha biológica. Nós te adotamos quando você tinha dois anos. Te criamos por vinte e dois anos—você deveria ser grata. Casando-se com os Claflin, dando-lhes um herdeiro, você se tornará a mulher mais respeitada desta cidade."

Suas palavras me atingiram como um tapa. O mundo girou ao meu redor enquanto uma tontura repentina me atingiu. Eu não sou a filha biológica deles? Anos de perguntas de repente fizeram sentido: por que eu nunca me sentia pertencente, por que eles sempre mantinham distância...

Sem dizer mais uma palavra, corri para o meu quarto e bati a porta. Caí na cama, lágrimas embaçando minha visão. Com as mãos tremendo, peguei meu celular—precisava do Sam. Ele saberia o que fazer.

Ainda sem resposta ao meu texto anterior. Irritada, abri o Instagram para me distrair desse pesadelo.

A primeira postagem parou meu coração.

Sam. Meu Sam. Com o braço em volta de uma loira deslumbrante, o anel de noivado dela brilhando como um maldito holofote. Legenda: "Contando os dias para sempre com Emily Hamilton. #noivado #Eurotour"

Meu celular escorregou dos meus dedos dormentes, caindo na cama com um baque.

Se o Sam está na Europa com sua noiva... então com quem diabos eu dormi na noite passada?

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