Capítulo 8: Procurando acompanhantes masculinos sexy

POV de Nora

Eu estava deitada na cama, encarando o maldito teto, meus dedos ainda queimando da pequena demonstração de poder de Alexander mais cedo. A cara daquele bastardo convencido me fazia querer gritar no travesseiro. Mas algo mais me incomodava—algo não fazia sentido.

Sete entrevistas de emprego. Sete rejeições. De empresas que deveriam estar implorando por mim. Minha fórmula Skynova mudou a porra da indústria. Meu currículo? Puro ouro. Mesmo assim, continuava batendo em paredes de tijolos. Isso não é aleatório. Isso tem o dedo do Alexander.

E tem o Sam. O choque dele ao me ver, aquela oferta de emprego... e a confusão quando mencionei a boate. Tem algo errado. "O que diabos aconteceu naquela noite?" murmurei, minha memória um borrão—fragmentos de uma sala escura, depois acordando sozinha. Sam agiu como se não soubesse de nada, o que significa que ele é um mentiroso muito bom ou... alguém mais me ferrou.

Peguei meu telefone e mandei uma mensagem para Sam: "Amanhã, 15h, no Velour & Vine. Preciso te perguntar algo." A resposta dele chegou instantaneamente: "Estarei lá." Joguei o telefone de lado, fechando os olhos. Amanhã, eu conseguiria algumas respostas.


Cheguei ao Velour & Vine cedo, pegando uma mesa no canto com uma visão clara da porta. Meu estômago revirava enquanto eu pedia um café preto, mentalmente ensaiando minhas perguntas. Por que você sumiu naquela noite? Quem estava na sala VIP?

A porta se abriu, e eu me endireitei, esperando ver a figura esguia de Sam. Em vez disso, uma mulher elegante entrou, examinando o ambiente até que seu olhar frio se fixou no meu. Seu sorriso era afiado, calculado, enquanto marchava direto para minha mesa.

"Com licença," eu disse rispidamente quando ela se sentou sem ser convidada. "Estou esperando alguém."

Seu sorriso se alargou, unhas bem cuidadas batendo na mesa. "Nora Frost. Você deveria saber quem eu sou." Ela exibiu um anel de diamante enorme como um troféu.

Meu estômago afundou. "Você é Emily Hamilton. A esposa do Sam."

"Correto," ela ronronou, mais convencida do que nunca. "E o Sam não vai se juntar a nós."

"Que porra é essa?" eu sibilei. "Você interceptou minha mensagem?"

Ela acenou com a mão, desprezando. "Compartilhamos tudo. Isso é casamento, querida." A maneira como ela pronunciou 'casamento' me deu arrepios.

Levantei-me para sair. "Não tenho nada a dizer a você."

"Oh, mas eu tenho muito para você," ela se inclinou, a voz baixa e venenosa. "Como você adorou ser fodida sem parar no Vibe. Um showzinho bem safado."

Eu congelei, o sangue sumindo do meu rosto. "O que diabos você acabou de dizer?"

Os olhos dela brilhavam com malícia. "Foi meu pequeno arranjo, querida. Ver você se contorcendo agora? Inestimável."

Afundei de volta na cadeira, a mente girando. "Que arranjo? Do que você está falando?"

"A sala VIP, o homem..." Ela deu de ombros como se não fosse nada. "Apenas um modelo do clube. Paguei bem para... te entreter."

"Por quê?" Minha voz falhou, mal um sussurro. "Por que você faria isso?"

"Porque eu gosto do Sam, e não gosto de vadias desesperadas se agarrando ao meu marido," ela cuspiu, deixando cair sua fachada primorosa. "Você precisava de uma lição."

Aquilo me atingiu como um maldito trem de carga. "Foi você. Tudo isso."

A raiva fervia nas minhas veias. Essa psicopata orquestrou minha humilhação, minha violação. Eu não estava apenas irritada—eu estava furiosa.

"Você é uma vadia psicótica," eu rosnei, alto o suficiente para que as mesas próximas se voltassem.

Algo estalou. Levantei de um pulo, derrubando minha cadeira, e dei um tapa forte no rosto dela. O estalo ecoou pelo café, que estava em um silêncio mortal.

"Eu não dou a mínima para o Sam," declarei, minha voz cortando o ambiente. "Ele é lixo para mim. Quem quiser pode ficar com ele. Estamos acabados—para sempre!"

Emily engasgou, segurando a bochecha avermelhada enquanto sussurros percorriam a multidão. O rosto dela se contorceu de humilhação, e eu saboreei cada segundo.

"Você vai se arrepender disso," ela sibilou.

"Não," rebati, fria como gelo. "O único arrependimento que tenho é de ter me importado com Sam Norton. Agora, se me der licença, tenho coisas melhores para fazer do que perder mais um segundo com vocês dois."

Saí furiosa, cabeça erguida, mas no momento em que pisei na calçada, minhas mãos começaram a tremer. Aquela vadia me armou uma cilada. Mas eu ainda não sabia quem era o homem—e eu precisava de respostas.


Duas horas depois, eu estava no escritório do gerente do Vibe, o buraco onde esse pesadelo começou. Eu tinha desembolsado cinco mil só por essa maldita reunião.

"Você quer que eu faça o quê?" Tony, o gerente de cabelo engomado, me olhava como se eu tivesse perdido a cabeça.

"Eu preciso ver todos os modelos masculinos que trabalharam aqui na semana passada," repeti, mandíbula tensa. "Especialmente alguém que esteve na sala VIP sete."

Tony deu de ombros. "Senhora, eu tenho uns vinte e poucos caras. Metade são temporários que vão e vêm."

Bati mais cinco mil na mesa. "Tente mais."

Trinta minutos depois, eu olhava uma fila de garotos bonitos no clube vazio, examinando cada rosto. "Algum de vocês trabalhou na sala VIP sete na semana passada? Cara alto..."

Um por um, eles balançaram a cabeça. Nenhum reconhecimento. Nada.

"Desculpe," Tony disse, sem parecer nada arrependido. "Pode ter sido um temporário. Temos muitos desses."

Despedi-os com um suspiro frustrado, indo em direção à saída. Então a vi no bar—Daisy. Bêbada até a alma, desmoronando enquanto dois caras a agarravam. A mão de um subia pela coxa dela, o outro sussurrava em seu ouvido.

A amante do Alexander. Não é problema meu. Me virei para sair, dando alguns passos antes que a culpa me corroesse. Eu sei como é ser usada. Ninguém merece essa merda.

"Droga," murmurei para mim mesma, girando de volta. O que quer que Daisy fosse para Alexander, ela era uma mulher em apuros. Eu não podia simplesmente ir embora.

"Ei!" gritei, avançando. "Tirem suas mãos imundas dela!"

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