Capítulo 08.

Diego é meu vizinho e sempre que a mãe dele faz alguma loucura no apartamento, ele corre para cá.

"Você tem uma chave?" "Só estou perguntando para tirar a dúvida."

"E você acha que não?" — Pergunta. — Lili deixou uma chave no vaso de planta perto da porta, ela disse que eu posso usar toda vez que minha mãe decidir purificar a casa pelada!

— Pelada? — Ayza pergunta, atônita.

— Sim! Podemos dizer que minha mãe é muito natural, tem dias que ela diz que a casa está com energias negativas e que precisa acender uns incensos em cada cômodo do nosso apartamento, fica pior quando ela decide tirar a roupa antes e me faz fazer o mesmo, aí eu corro para cá. — Ele faz uma cara de nojo. — Imagina eu e minha mãe pelados no mesmo cômodo! Bizarro, né?! Quando a Lili volta?

E como de costume, ele não faz pausa entre as perguntas.

A companhia de Ayza. “Já estava ficando tarde.

“Mas hoje é sábado.

“Eu sei, mas o dever chama. — Digo.

"Você volta para o almoço?" — Pergunta.

— Talvez! — Dou de ombros.

"Quer que eu cozinhe para você?" Ele arqueia uma das sobrancelhas esperando a resposta. “É que não sei quanto tempo a limpeza da minha mãe vai levar.

— Eu posso ajudar. — Ayza o interrompe.

— E! Eu faço e a Ayza pode me ajudar, o que você acha? Diego pergunta.

— Pode ser? — Agradeço mentalmente a Ayza pela ajuda, não que Diego não saiba cozinhar, mas por causa da bagunça enorme que ele faz.

"Obrigado, Ayza." Diego agradece. — Eu sou quase um chef, não melhor que o Diego.

Dou um sorriso e saio.

*** Ayza. ***

Dy por cinco anos, assim que ele o chama. Ele diz que a mãe é viúva e aposentada, ele trabalha com TI, e na maioria das vezes o trabalho é remoto.

"Então o que você quer dizer que Dy já cozinhou para você?"

— Não exatamente. Teve uma vez que minha mãe estava fazendo suas purificações, ela estava pelada para variar, e eu estava morrendo de fome. Corri para cá, e Dylan tinha feito uma lasanha maravilhosa com molho branco, foi quando descobri que ele cozinha melhor que um chef.

"Ele costuma trazer muitas mulheres aqui?" — Pergunto com medo da resposta.

— Olha, Ayza, ele trouxe uma em particular, depois de um tempo ele foi embora e ficou longe daqui por uns cinco meses, sem dar notícias. Descobri que ele estava bem depois que a Lili veio aqui.

"O que você sabe sobre a Annie?" — Pergunto.

“Nunca ouvi falar dela.

— Vamos começar o almoço, você me ajuda? — Tento mudar de assunto.

— Sim, sim. O que você quer que eu faça? — Ele diz com um sorriso nos lábios.

— Corte o tomate para fazer o molho.

Pego meu celular e coloco uma música animada para a gente cozinhar, isso me faz esquecer o que aconteceu na noite passada com Dylan.

Diego corta os pedaços de tomate com certa calma, e eu faço o molho branco e cozinho a massa.

— Está quase pronto!

“Cheira maravilhoso, Ayza.

"Que cheiro maravilhoso." uma voz sexy soa da porta da cozinha.

Eu estava tão ocupada que nem ouvi a porta.

Eu abaixo o som do meu celular.

"Vou arrumar a mesa." — Diego fala.

"Quer que eu te ajude?" — Pergunto.

“Claro que não, Ay, você já fez a maior parte.

Quando Diego sai, Dylan se aproxima e prova o molho no fogão, ele faz uma careta.

— Não está bom?

"Você não provou?"

— Não! — Digo.

Deve estar horrível pela cara que ele fez.

Droga! Droga! Droga!

— Estou brincando, Ay, está delicioso! Ele me olha e sorri. "Você não precisa me olhar assim."

Antes que eu possa responder, ele me dá um beijo longo.

— Cof, Cof. — Diego está na porta da cozinha tossindo, ou pelo menos tentando. — Está pronto. Vamos.

— Claro. — Dizemos juntos.

Diego ri.

E para minha alegria, Diego não calou a boca nem por um minuto. Ele me contou que Dylan é seu melhor amigo e que Lili era como uma irmã para ele, e que minha massa ficou maravilhosa.

A campainha toca.

— Você está esperando alguém? Dylan pergunta.

— Não, e você? — Pergunto.

— Não, ninguém vem sem avisar.

— Eu atendo. — Diego diz e já está se levantando.

Assim que ouvimos Diego abrir a porta, alguém pergunta por Dylan gritando.

"Onde está o Dylan?"

A voz é feminina.

— Quem gostaria? — Diego tenta se manter firme.

Dylan e eu nos levantamos e vamos até a porta, e eu fico cara a cara com a garota da noite anterior.

"Você é o novo brinquedo dele?" ela me pergunta.

— Como?

“O que você está fazendo aqui, Annie? Dylan pergunta em um grito. — Vá embora daqui. — Ele está firme.

"Meu amor, precisamos conversar. — Ela muda o tom de voz.

— Não me chame assim! — Ele rebate.

"Não fale assim, vamos enfrentar isso juntos." — Lágrimas começam a escorrer pelo rosto dela.

Dylan passa as mãos pelo cabelo, posso sentir sua raiva.

"Você já me trocou por essa aí?" Ela me olha com nojo. "Esqueceu da noite passada?" — Ela pergunta.

"Não fale da Ayza desse jeito."

"Você vai fazer o mesmo com ela que fez comigo?"

"Vá embora, Annie, saia daqui!" Vá embora agora! — Ele grita.

— Tudo bem? Mas temos assuntos inacabados. — Ela diz e joga um envelope na direção dele.

Dylan pega o envelope e o abre, e quando vê o que está dentro, sua expressão muda, os papéis caem no chão, eu me agacho para pegá-los e então, é um ultrassom, Dylan vai ser pai.

Ele rapidamente pega os papéis das minhas mãos.

"Pode nos dar licença?"

— Você pode ficar na minha casa, Ayza. — Diego fala e sai me puxando pelo braço.

A próxima coisa que sei é que estou na casa do Di, é assim que a mãe dele o chama, ela já é uma senhora, há linhas de expressão no rosto dela, e posso ver que ele herdou seus traços.

"Tome, minha filha." — Ela me entrega uma xícara de chá.

— Obrigada. — Agradeço.

Só então percebo que lágrimas estão escorrendo pelo meu rosto.

Não faz sentido, eu não tenho nada a ver com o Dylan e como isso pode me afetar?!

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