Capítulo 3 Eu quero que ela seja minha mãe
Sala de Conferências da Nexus Innovations.
A atmosfera ao redor de Alaric ficou pesadamente sombria depois que ele desligou o telefone. Seu olhar penetrante era intimidador.
"O Caspian sumiu?" ele perguntou.
Embora não estivessem cara a cara, a seriedade mortal em sua voz deixou seu assistente, Silas Moon, extremamente ansioso ao telefone.
"Depois da consulta com o Caspian, ele disse que precisava usar o banheiro, e então simplesmente desapareceu."
A reunião de hoje era crucial, e Alaric não podia sair, então ele havia confiado a Silas Moon a tarefa de acompanhar Caspian para uma consulta de acompanhamento.
"Besteira!" Alaric gritou, "Pegue todas as imagens de vigilância do Centro Médico Serenity Heights na tela. Estou indo para lá agora!"
"Sim, Sr. Knight." Silas Moon respondeu.
Alaric correu para o Centro Médico Serenity Heights a toda velocidade. Depois de avançar rapidamente pelas imagens de segurança, Silas Moon finalmente avistou Caspian.
"Sr. Knight, encontramos algo!" Silas Moon exclamou quando Alaric entrou. "Caspian foi levado por uma mulher do banheiro. Já chamei a polícia!"
O olhar de Alaric ficou gélido enquanto ele encarava a figura de Galatea no monitor, uma fúria intensa crescendo em seus olhos.
Aquela mulher ousou tocar em seu filho? Ela estava tão boa quanto morta!
Enquanto isso, Caspian, seguindo Galatea para fora do hospital, certificou-se de que Silas Moon não os estava seguindo antes de relaxar. Segurando a mão de Galatea, ele disse, "Mãe, estou com fome."
"Com fome? Você saiu sem comer? O que você gostaria?" Galatea perguntou.
Caspian sempre teve sua dieta estritamente controlada por Alaric; um nutricionista elaborava seu cardápio diário, não deixando escolha sobre o que ele comia.
"O que você me levar está bom para mim." Embora fosse o primeiro encontro deles, havia um inexplicável senso de proximidade e segurança com Galatea.
"Então, que tal um churrasco? Eu sempre adorei, e estou com desejo depois de tanto tempo fora," sugeriu Galatea.
"Claro, vou onde você disser!" Caspian respondeu.
Galatea o levou a uma modesta churrascaria. Era a primeira vez de Caspian experimentando, e depois de uma mordida, ele achou delicioso, muito melhor do que as iguarias que seu pai lhe dava!
"Coma devagar; ninguém vai tirar de você," Galatea disse gentilmente antes de repreendê-lo, "Não importa o quão esperto você seja, você ainda é uma criança. Você não conhece o Arizona, e é perigoso sair sozinho. Devo ligar para a Mia – ela deve estar preocupada por não te encontrar."
Quando Galatea pegou o telefone, Caspian rapidamente pressionou sua mão para baixo, "Ela sabe. A culpa é minha, não culpe ninguém. Por favor, não fique brava."
"Tão bom em admitir seus erros hoje?" Galatea refletiu para si mesma.
"Não estou brava." Ela colocou o telefone de lado. "Coma, aproveite. Se você gostar, eu aprendo a fazer em casa para você e Elisa."
"Obrigado, mãe."
Caspian continuou comendo, ocasionalmente olhando para Galatea, sentindo-se confuso. Como ela não percebeu que ele não era seu filho de verdade durante todo esse tempo?
Era porque o garoto se parecia tanto com o filho dela, ou ela compartilhava seus surtos intermitentes de delírio? De qualquer forma, ela era tão carinhosa. Ele adorava esse tipo de mãe!
Depois da refeição, Galatea limpou a boca dele e pegou sua mão para sair do restaurante quando, de repente, um grupo de policiais uniformizados entrou, agarrando suas mãos sem dizer uma palavra, imobilizando-a completamente.
"Suspeitamos que você esteja envolvida em tráfico de crianças. Você precisa vir conosco!"
Galatea ficou atônita. Tráfico de crianças? Ela foi acusada de um crime só por fazer uma refeição com seu filho.
"Não deve haver algum engano? Ele é meu filho!"
"Vamos conversar na delegacia," disse o policial, inflexível, enquanto escoltava Galatea até o carro de patrulha. Caspian também estava chocado, correndo para a frente do carro, implorando, "Deixem-na ir; ela é minha mãe!"
Mas ninguém estava ouvindo. Quando um Rolls-Royce parou, o carro de patrulha saiu rapidamente. Caspian não conseguiu dizer mais nada antes que uma figura imponente ofuscasse sua pequena estatura.
Alaric colocou Caspian no carro, repreendendo-o antes que ele pudesse falar, "Caspian, o que eu te disse? Como você pôde sair com uma estranha?"
Pelas imagens de vigilância, Alaric tinha visto Caspian sair do hospital de bom grado com aquela mulher, o que o assustou. Por um momento, ele temeu que ela tivesse drogado Caspian, embora agora parecesse que não era o caso.
"Fale!" Alaric ficou mais irritado com o silêncio de Caspian.
"Eu não queria ver aquela mulher," Caspian murmurou, olhando para baixo.
"Orion Nash está voltando para casa hoje. Depois da minha consulta no hospital, você poderia vê-la em casa! Ela é sua mãe," Alaric enfatizou.
"Ela não é," Caspian rebateu.
"Ela é!" Alaric insistiu.
"Eu já disse, ela não é!" A voz de Caspian ficou agitada, "Se ela fosse realmente minha mãe, por que teria medo de mim? Por que me evitaria à noite como se eu fosse uma praga? Ela não me ama de verdade. Sua bondade é só para agradar você e a vovó; vocês dois gostam dela, mas eu não gosto!"
O desabafo de Caspian deixou Alaric em silêncio, cauteloso para não desencadear a condição de Caspian, ele cedeu.
Ele pegou o telefone, discou o número de Orion e disse friamente, "Caspian não está de bom humor, não venha para casa hoje."
Ele desligou a chamada e se voltou para Caspian com um olhar suavizado, "Está melhor agora?"
Caspian permaneceu quieto, seus olhos, brilhando com inocência, olhavam para ele.
"Mesmo que você realmente não goste dela, você não pode simplesmente sair correndo com uma estranha. Se você se perdesse, eu ficaria preocupado doente," Alaric disse enquanto puxava Caspian para perto, tentando acalmá-lo.
"Mas ela parece minha mãe para mim," Caspian implorou com olhos cheios de inocência enquanto olhava para Alaric. "Pai, ela não é uma sequestradora. Por favor, diga à polícia para deixá-la ir. Não machuque ela."
As poucas palavras de Caspian tocaram Alaric. Além de sua própria família, o garoto sempre foi bastante distante, até mesmo com sua avó, Orion.
"Venha para casa comigo. Tome seu remédio, e eu a deixarei ir," persuadiu Alaric.
Caspian assentiu, "Você tem que cumprir sua promessa."
"Com certeza!"
Na delegacia, Galatea estava furiosa, e seu interrogatório pelos policiais a deixou completamente desamparada.
"O nome dele é Harry; ele é realmente meu filho. Eu tenho provas!" Galatea mostrou as fotos em seu telefone aos policiais.
Havia muitas fotos dela com Harry e Elisa. A visão dessas fotos momentaneamente deixou os policiais atônitos.
"Vocês podem verificar; essas fotos são reais. Se ainda não estiverem convencidos, façam um teste de DNA. Eu não sou uma sequestradora!" Galatea estava rouca de tanto explicar desde o veículo até a delegacia. O que seria necessário para eles acreditarem que eles eram mãe e filho?
Depois de verificar as fotos, os policiais olharam para Galatea, perplexos.
"Todo mundo sabe que o Sr. Knight tem um filho, mas a identidade da mãe da criança sempre foi um mistério. Rumores dizem que Alaric e Orion se casaram secretamente, mas devido ao status deles, nunca tornaram isso público."
"Então, a mãe da criança não é a famosa atriz Orion?"





































































































































































































































































































































































































































































































































































































