Capítulo 4
POV ALISSON COOPER
"Você não ouviu o que eles disseram? Está lotado!"
Estávamos na frente do clube enfrentando uma fila enorme, éramos os últimos da fila e, para piorar, o segurança acabou de nos dizer que não poderíamos entrar.
"Eu sabia que deveria ter ficado em casa."
"Calma, Alisson, eu vou dar um jeito."
Eu observo Debbie ir até o beco da boate, vemos dois seguranças na saída de emergência, ela diz algo perto dos ouvidos deles, parece ser algo importante pelas expressões em seus rostos, logo, Debbie acena para mim e me chama. Comecei a caminhar em direção a ela me sentindo um inseto por estar naquele lugar, e além disso eu estava sem calcinha, a noite estava fria, e a coitada estava congelando.
"O que você fez?"
"Prometi um boquete."
Entramos pela porta dos fundos e logo ouvimos a música estridente, seguimos pelo longo corredor com vários seguranças, e automaticamente agarrei a mão de Debbie.
"Não acredito que você nunca foi a uma boate."
"Acho que estava certa em nunca vir, até agora."
"Relaxa, Alisson, vamos nos divertir e logo estaremos em casa."
Chegamos a uma porta dupla e nos deparamos com pessoas dançando ao ritmo da música, o ambiente estava carregado de sexo, bebida e drogas. Isso era novo para mim, a música alta e as luzes piscando que borravam minha visão. Caminhamos em direção ao bar para sentar nos banquinhos, e logo, Debbie fez seu pedido.
"Garçom, faz duas tequilas."
"Você vai beber?"
"E você acha que eu vim pra ficar sóbria?"
"Mas você está dirigindo, Debbie."
"Eu sou chata, sou insuportável, mas não sou burra nem irresponsável. Não vou beber muito, quer uma?" ela ofereceu.
"Não, obrigada."
Depois de tomar a bebida alcoólica, ela direcionou seu corpo para a pista de dança. Eu observo meu redor, pessoas sentadas em cadeiras e mesas, levanto meus olhos e observo as áreas VIP, não estavam tão lotadas quanto lá embaixo.
"Olá!"
Ouço a voz de um homem assim que ele se senta ao meu lado, eu me viro e encaro a bela parede de músculos.
"Oi!" Eu o cumprimentei com um sorriso.
"Por que você não está dançando?"
"Eu não gosto de dançar."
"Você veio com alguém?"
"Sim, com uma amiga."
"E onde está sua amiga?"
"Ok..."
Apontei para a pista de dança percebendo que ela não estava mais lá, rapidamente me levantei do banquinho e percorri a boate completamente, ela não estava mais lá.
"Acho que agora sou sua companhia."
"Acho que sim, ela deve ter ido ao banheiro."
"Você está nervosa?"
"Não... É só... É a primeira vez em um lugar assim."
Continuei conversando com o homem ao meu lado, e de repente ele chamou a atenção do barman e pediu uma bebida.
"Aqui, para relaxar."
"Eu não bebo."
"Isso não é bebida, é bem doce."
Mesmo com medo, segurei o copo e ingeri o líquido, percebi que era extremamente doce, o homem sorriu batendo palmas, eu também sorri, ele me parecia ser uma boa pessoa, e ter medo ao lado dele, não vejo necessidade. Tomei vários copos daquela bebida doce, e o homem apenas conversava e sorria, eu não conseguia me controlar, sentia uma felicidade enorme. O barman trouxe mais bebidas doces e eu as tomei, em certo ponto comecei a sentir os efeitos da bebida, e enquanto conversávamos senti uma queimação intensa por todo o corpo.
"O que tem nessa bebida?"
"Nada demais, só algo para te animar."
Arrastei meus olhos de volta para a boate, não havia sinal de Debbie, nada! Levantei-me do banquinho e senti um pouco de tontura, Denver, o cara que estava conversando comigo e me oferecendo bebidas, também se levantou e pediu a conta ao barman.
"Onde você vai?"
"Vou ao banheiro, já volto."
Naquele momento percebi que Denver queria me deixar bêbada, isso já estava começando a me assustar, eu não sabia onde Debbie estava. Quando virei as costas para Denver, senti sua mão agarrar meu braço.
"Vou com você, para você não se perder."
"Não precisa, me espera aqui, eu volto em um minuto."
Ele me avaliou por alguns segundos e me soltou, comecei a seguir para onde deduzi ser o banheiro, olhei para os lados procurando a Debbie, com certeza ela estava com algum homem e me deixou sozinha. Caminhei por um corredor onde várias pessoas estavam se beijando, me senti envergonhada de estar ali, me virei e esbarrei em uma parede de músculos, assim que levantei os olhos percebi que era Denver.
Quando tentei passar por ele, suas mãos envolveram minha cintura e me colaram ao seu corpo.
"Te peguei, princesinha..." ele sorriu maliciosamente.
"Tá bom... Agora me solta." Sorri sem humor.
Levei minhas mãos ao peito dele e tentei empurrá-lo, mas ele não se moveu um centímetro, senti suas mãos descerem até minha bunda e apertarem com força.
"Denver, me solta!"
"Qual a pressa, princesinha?"
Com um sorriso macabro nos lábios, Denver me arrastou até uma porta e me jogou em uma cama que estava naquele lugar, fiquei assustada quando ele passou pela porta e a trancou, o encarei com medo, com os olhos arregalados vi ele abrir as calças e liberar seu membro ereto. Levantei-me da cama apressada, pronta para lutar com ele, no entanto, ele me imobilizou facilmente.
"Me solta, seu lixo!"
"Não se faça de difícil, sua vadia."
"Vadia é a sua avó!"
Ele liberou uma de suas mãos e levantou a barra do meu vestido, percebeu que eu não estava usando calcinha, um sorriso habitou seus lábios.
"Uau, isso facilitou muito!"
Novamente ele me jogou na cama e subiu em cima de mim, abriu minhas pernas e se posicionou entre elas, eu chorava descontroladamente e tentava empurrá-lo, me contorcia e bati em seu rosto.
"Socorro!" Gritei por ajuda.
A porta foi subitamente arrombada, e o som da madeira pesada ecoou pelo quarto e assustou Denver, ele rapidamente se levantou. Um homem alto e forte, maior que Denver, entrou no quarto, minha visão estava embaçada pelas lágrimas, mas vi o cabelo loiro do meu salvador e o terno que ele usava. Vi um de seus braços apontando uma arma para a cabeça de Denver.
Ele tenta se desculpar e fazer de tudo para não ser morto, mas logo, seus pedidos cessam, e um som agudo ecoa pelo quarto e faz meu corpo ficar rígido e sagrado, algo cai no chão e eu me tenso, não tenho forças para me levantar e sair, minha mente está processando tudo o que aconteceu em menos de cinco minutos.
Sinto mãos ásperas tocarem minha pele, ouço um suspiro carregado de desejo e logo, minha intimidade é coberta com o vestido sendo puxado para baixo.
"Minha linda."
Sou suspensa como uma boneca de pano e carregada para fora da boate, sou colocada no banco do passageiro de um carro e rapidamente ouço os pneus cantarem no asfalto. Meu corpo se arqueia no couro do veículo, minha visão embaçada e com uma voz arrastada perguntei:
"Quem é você?"
Não obtive resposta, o homem estava olhando seriamente para o trânsito, seus lábios estavam em uma linha fina mostrando que ele estava com raiva, gradualmente minha cabeça foi pesando, e de repente caí na escuridão tomada pelo cansaço.









































































































































































