1. Não faça isso, por favor.
Eve
"Quem está aí?" Evangeline gritou para ninguém em particular.
Ela estava andando há uma hora, mas nos últimos minutos, não conseguia se livrar da sensação de estar sendo observada e, provavelmente, seguida.
Eve, sua garota estúpida, você não viu filmes de terror? Eve revirou os olhos com o comentário, que de repente invadiu seus pensamentos. A voz irritante da consciência apontava o quão boba ela podia ser, às vezes. Ela queria olhar ao redor, deixar seus olhos percorrerem as ruas mal iluminadas e notar algo. Em vez disso, respirou fundo e tentou mover as pernas mais rápido. Evangeline estava bem perto de sua casa. Ela se lembrou de manter a calma; não estava em perigo. Do nada, uma mão agarrou sua cintura. Outra mão pousou em sua boca, e seu corpo foi puxado bruscamente para um beco escuro. Ela não podia gritar por ajuda, mesmo que o estranho não tivesse fechado sua boca, sua voz desapareceu ao primeiro olhar dos olhos de seu captor.
"Bem, bem, veja o que temos aqui. Uma lebrezinha assustada, não é? E bonita, por sinal." O estranho sorriu, seus olhos escureceram enquanto ele desviava o olhar para baixo, encarando descaradamente os seios de Evangeline. Ela estremeceu de nojo, ciente do que o estranho queria dela. O sorriso dele se alargou, revelando seus longos caninos que pareciam quase perfurar seus lábios. Eve tremia de terror, o estranho apertou sua cintura com mais força, aproximando seus corpos tão perto que não havia espaço entre eles. Ele aproximou o rosto do pescoço dela, inalando seu cheiro, soltando um rosnado de prazer.
"Se eu soubesse que o medo humano cheirava tão excitante, teria fodido muitos antes de pegar você," ele soltou uma risada. Uma risada cruel e feia, congelando os sentidos de Eve até o âmago.
"Diego! Estávamos procurando por você em todos os lugares. Parece que você até pegou um lanche. Não vai se incomodar em compartilhar com seus amigos mais próximos? Estou tão desapontado," disse outro homem, aparecendo ao lado deles quase instantaneamente.
Eles são metamorfos; nenhum humano pode se mover tão rápido quanto eles.
Evangeline quase podia sentir o gosto da Morte em sua língua. Ela olhou para o recém-chegado. O homem que a puxou para o beco era alto e musculoso, seu cabelo escuro como carvão, um sorriso doentio estampado em seus lábios. O outro homem, que acabara de aparecer, era um pouco mais baixo que seu suposto amigo, mas ainda muito mais alto que Eve. Ele era loiro, com o cabelo bagunçado. Ela fechou os olhos, com medo de ver o que estava prestes a acontecer, quase tentando deixar seu corpo até que eles terminassem o trabalho. Os homens começaram a discutir, e Eve não teve escolha a não ser ouvir.
"E se eu não pretendesse compartilhar? Esta é minha; eu a encontrei e a peguei sem nenhuma ajuda. É justo que eu aproveite minha vitória sozinho." O captor de Eve rugiu de raiva, empurrando seu corpo contra a parede com tanta força que sua respiração ficou presa nos pulmões.
"Vamos, cara, só me deixe provar esta. Eu vou compartilhar a próxima com você, assim como Damien e Clyde. Somos amigos - compartilhar é cuidar," disse o loiro com um tom de zombaria, lançando um olhar para a garota humana aterrorizada, presa por seu amigo. Infelizmente, não havia remorso algum nele, pelos planos que tinham para a humana.
"Eu disse não. Vá encontrar outra. Esta é minha. Não me irrite, a Névoa está prestes a começar a qualquer momento, e eu não vou parar até partir essa vadia ao meio. Você não terá nada para brincar de qualquer maneira, por que perder seu tempo?" O captor, Diego, riu friamente, lançando um olhar mortal para seu amigo.
"Eu sugiro uma divisão justa para todos. Você iria por último; você é o mais primitivo de nós. Nós a experimentaríamos. Uma rápida degustação, se quiser - e sairíamos. Depois, você pode matá-la, tanto faz. Ela é a única buceta num raio de cinco milhas. Dá um tempo, Diego! Eu te devo uma grande," ele choramingou, cruzando os braços na frente do peito. Eve abriu os olhos e olhou freneticamente entre os dois homens. Ela está prestes a morrer pelas garras de um metamorfo. Milhões de pensamentos invadiram sua mente, tentando encontrar uma maneira de sair dessa situação, mas nenhum sugeria como escapar de dois a quatro metamorfos adultos, que estão planejando estuprá-la. Só o pensamento de estupro a fez tremer mais; lágrimas escorriam por suas bochechas; seu corpo paralisado sob o aperto apertado dele.
"Tá bom. Você me deve uma parte das próximas três que conseguir. Combinado?" Seu captor trouxe Eve de volta à realidade ao falar. Eles estão negociando sobre isso? Estão decidindo quantas mulheres cada um vai estuprar? Quão doentes são esses homens?
"Três? Você não está exagerando um pouco? Uma humana por uma parte tão grande? Não sei, cara. Pode não valer a pena," o outro homem deu de ombros, seu olhar queimando a pele de Eve. Seus olhos fixaram-se em seus quadris por um tempo.
"Talvez, mas essa aqui exala medo. O cheiro dela me faz querer rasgá-la mais do que qualquer outra antes. Além disso, é um pequeno fator de risco, humanos são proibidos de se acasalar durante a névoa. Um pouco de adrenalina e muito prazer," as últimas palavras saíram de seus lábios, e ele se inclinou para o pescoço de Eve. Ele passou a língua do pescoço até atrás da orelha dela, ganhando resistência de sua vítima humana.
"Não ouse lutar; se o fizer, isso só vai doer. Se você for uma boa menina, eu posso fazer você se sentir bem. Sem promessas," ele sussurrou no ouvido de Eve, mordendo-o surpreendentemente de leve. O outro estranho continuava observando-os, rindo divertido com a expressão aterrorizada de Eve.
"Combinado," o loiro gemeu e estendeu suas garras, rasgando a blusa de Eve em pedaços. Ambos os homens se olharam e sorriram, como se dessem ordens telepaticamente. Diego a levantou, enquanto o loiro agarrou as calças de Eve, desabotoando-as e puxando-as para baixo em um movimento brusco. Ela tentou gritar, mas cada som saía abafado. Eve chutou as pernas, mas não adiantou, especialmente contra homens metamorfos. Eles a deitaram no concreto frio e a seguraram contra ele. Com Diego segurando seus pulsos, o loiro se posicionou entre suas pernas. Quando ele estava prestes a rasgar sua calcinha, Eve fechou os olhos com força, incapaz de conter as lágrimas ou lutar mais. Ela havia perdido. Inesperadamente, o loiro foi arrancado de cima dela. Em algum lugar, à distância, ela podia ouvir rosnados e grunhidos ferozes. Ela olhou ao redor freneticamente, notando como seu captor ficou confuso. Um som de gemido, após um baque alto, seguiu os sons ferozes anteriores.
"Você terminou de brincar de esconde-esconde, Ethan? Traga sua bunda aqui, ou vou ficar com a humana só para mim." Visivelmente irritado, Diego segurava Eve com uma força que quase quebrava seus ossos delicados, sem se importar que sua vítima humana era muito mais frágil do que ele.
"I-isso... Diego... N-não é legal. Nós, nós não podemos." Eve ouviu a voz do loiro metamorfo à distância. Soava rachada, cheia de dor. Diego riu, colocando ambos os pulsos de Eve em uma mão e lentamente assumiu a mesma posição, entre suas pernas, como seu amigo havia feito minutos atrás.
"Por mim, tudo bem! Mais para eu provar e aproveitar," ele disse, sorrindo para uma Eve aterrorizada. Com essa iluminação, ela notou os dentes meio podres e amarelos de seu captor. Ela se sentiu enjoada. Não só por causa do estado dos dentes dele, mas por sua aparência geral. Ele a lembrava de um mendigo - sujo, roupas rasgadas, olheiras, um vislumbre de "loucura" dançando nas órbitas negras. Eve lutou para encontrar sua voz. Agora que ele não estava segurando sua boca, ela podia implorar por misericórdia.
"Por favor, não. Pare, não faça isso, por favor," Eve soluçou, agarrando-se à pequena esperança de que ele a libertaria. Mas os lábios de Diego se abriram com um sorriso largo e ele começou a dizer maniacamente como ela deveria implorar mais, como ele adorava ver a dor em seus olhos. Assim como seu amigo antes, Diego foi arrancado de cima da aterrorizada Eve. Desta vez, ela viu tudo em ação. Diego tentou lutar, mas foi segurado contra a parede mais próxima por um estranho mascarado. Diego rosnou e grunhiu; o homem misterioso permaneceu em silêncio. Ele deu uma olhada em Eve, acenou com a cabeça e quebrou o pescoço de Diego, deixando o corpo sem vida cair no concreto. Eve tremia de medo, imaginando o que o estranho faria com ela agora. Ele está aqui para estuprá-la, assim como os outros dois pretendiam? Ele está aqui para matá-la? O estranho se aproximou da forma semi-nua de Eve cautelosamente, seus olhos escondidos sob a máscara. Ele deixou um casaco de chuva sobre ela e se virou para sair.
"Vá para casa!" ele ordenou antes de desaparecer nas sombras.






























































































