Capítulo 05: Lyall, o imponente rei Lycan!
Enquanto isso, Kailel chega em Lupinia com um grupo de lobisomens ao seu lado, encontrando Petros, o alfa do Clã Lupino de Aurora, conversando casualmente com Lyall e Ethan enquanto desfrutam de uma bebida.
"Parece que a conversa está bem animada. Posso me juntar a vocês?" Kailel usa um tom arrogante.
"Claro!" Petros o recebe calorosamente e procede com as devidas apresentações. "Kailel, este é o Rei Lycan, Lyall."
Lyall, por sua vez, se levanta, exibindo sua figura alta, forte e atlética, e sua presença imponente faz com que o Alfa das Garras de Prata abaixe sua arrogância e pose pretensiosa.
"É um prazer conhecê-lo pessoalmente, Rei Lyall. Ouvi muito sobre você."
"Interessante! Também ouvi seu nome. Garras de Prata, certo? Nossos pais tiveram um conflito intenso devido ao fato de que o seu bando se rebelou contra a liderança secular dos Lycans originais, liderança que nos foi concedida pelos próprios deuses. Nesse conflito, nossos pais acabaram se matando, não foi?" Lyall encara Kailel, que tenta disfarçar sua surpresa ao ouvir palavras tão precisas e intimidadoras. Ele percebe o motivo da visita do rei lycan ao Clã Lupino de Aurora, entendendo que, se não fizer algo em breve, perderá o pouco que conquistou com a ajuda de Ian, dominando bandos menores através da força e manipulação.
"Isso é coisa do passado. Nós somos os Alfas de nossos bandos agora e temos o poder de mudar o passado e melhorar o futuro. Na verdade, quando soube que você estava aqui visitando, vim pessoalmente convidá-lo para uma refeição em nome do Bando Garras de Prata e do Bando Uktena."
Por um momento, Lyall olha para Ethan, seu mais novo conselheiro, e para Petros, que está visivelmente surpreso com o convite, especialmente em nome do Bando Uktena. Desde quando Ian é amigável o suficiente para convidar alguém para qualquer tipo de encontro, especialmente seu principal inimigo? Era óbvio que poderia ser uma armadilha, e Lyall sabia disso, mas decidiu jogar o jogo.
"E por que eu aceitaria seu convite quando seu bando e o bando Uktena são inimigos declarados meus?" Petros sorri com a resposta de Lyall, que continua a encarar Kailel, esperando uma resposta.
"Como eu disse, podemos deixar essas lutas de poder no passado e pensar em restaurar os bandos restantes e, como consequência, a paz e a harmonia entre todos nós." Kailel tenta parecer pacífico e coerente, deixando Petros perplexo, pois ele sabe muito bem do que aquele homem, junto com seu melhor amigo implacável e cruel, é capaz. Ele se lembra do dia em que seu bando foi praticamente dizimado por eles, do uivo de dor que soltou ao ver sua esposa e filha sendo friamente assassinadas apenas para dominar um território que nem era tão relevante. Ele aperta as mãos, tentando não mostrar a raiva que sente naquele momento. No entanto, Lyall percebe o desconforto de Petros.
"De qualquer forma, agradeço a iniciativa. Mas preciso pensar sobre seu convite. Hoje, vim apenas para visitar um velho amigo de meu pai que até agora foi negligenciado por mim."
Ao ouvir as palavras de Lyall, o Alfa do Clã Lupino sente esperança por um momento. Será que os dias de opressão e total falta de respeito finalmente acabariam?
"Sr. Petros, posso ficar em sua casa esta noite?"
"Seria uma honra para mim se o grande rei Lycan ficasse em minha humilde residência." Petros faz uma leve reverência.
Logo, eles deixam o bar e começam a caminhar em direção à casa de Petros, e quando Lyall percebe que Kailel está os seguindo, ele para e se vira para ele.
"O que você está fazendo?"
"Vou com vocês."
"Não acho que você seja bem-vindo aqui. Encontre um hotel na cidade ou volte para casa." Lyall se impõe, reunindo-se a Ethan e Petros, sem se importar com o ódio no rosto de Kailel.
"Como eles ousam falar com você assim, senhor? Vamos atacá-los agora." Um dos lobisomens que acompanha Kailel se posiciona ao seu lado.
"Tenha paciência. Há um momento certo para tudo."
Kailel reúne suas tropas e volta para casa com o rabo entre as pernas, experimentando sua primeira, embora simbólica, derrota, que é amarga e frustrante para ele.
Na casa de Petros, o Alfa agradece ao rei Lycan pelo gesto, jurando lealdade a ele a partir daquele momento. Lyall aproveita para compartilhar seu plano contra os bandos inimigos que fingiam ser amigos e, no final:
"Então, você vai aceitar o convite de Kailel, mesmo sabendo que é uma armadilha?" Ethan questiona.
"Sim, mas veja pelo lado positivo. Eles acham que sou um jovem que herdou o título de rei por causa da minha linhagem. Eles sabem pouco sobre as regras dos Lycans e o que tive que enfrentar para chegar aqui. Eles me subestimam e vou usar isso a meu favor."
"Mesmo assim, Lyall, acho perigoso," Ethan insiste.
"Você estará na linha de frente comigo. Mas se ainda estiver preocupado, chame reforços. No entanto, peça para serem discretos e agirem apenas quando eu ordenar. Agora, Sr. Petros, há um lugar onde eu possa descansar esta noite?"
"Claro, Sua Majestade! Espero que não se importe em compartilhar," Petros mostra um quarto com duas camas de solteiro.
Enquanto está deitado na cama, Lyall se perde em seus pensamentos, relembrando a noite de prazer que teve com uma completa estranha, se perguntando quem poderia ser aquela mulher linda e onde a encontraria. Ele reflete sobre como teve tantas mulheres em sua vida, mas ela tinha algo especial, e Lyall estava determinado a encontrá-la e torná-la sua companheira. Em meio a um turbilhão de pensamentos e emoções, Lyall acaba adormecendo.
No dia seguinte, o rei Lycan acorda cedo, pronto para entrar no bando dos inimigos e enfrentar o que vier, ou quase tudo.
No bando Garras de Prata, todos se reúnem à mesa do café da manhã, e Kassia logo percebe que Ayda está servindo em vez de Selene. Ela questiona, "Onde está Selene? Ela deveria estar aqui."
"Verdade! Olhar para sua cara feia logo de manhã estraga meu apetite, Ayda," Kyma provoca a ômega, que abaixa a cabeça.
"Peço desculpas por isso, Srta. Kyma. Mas Selene não está se sentindo bem e me pediu para cobri-la nesta tarefa," Ayda responde timidamente, evitando contato visual com a garota mimada.
Nesse momento, todos olham para Ian, que parece indiferente.
"O quê? Por que estão todos me olhando? Caso não saibam, eu não durmo com aquela imundície; só a uso quando tenho vontade," Ian diz, como se fosse algo normal, e continua a comer sua torrada com geleia.
"Ayda, vá buscar aquela preguiçosa. Diga a ela que tem dez minutos para estar aqui." A ômega vai fazer o que Kassia ordenou, mas quando bate na porta de Selene, percebe que está entreaberta e nota que a garota lá dentro não está ansiosa com a situação.
"E agora? Ela fugiu de novo? O que devo fazer?" Ayda fica no corredor tempo suficiente para ver Selene saindo do banheiro.
"Você está se sentindo melhor? Comprou o teste de gravidez que sugeri?"
"Estou melhor. E quanto ao teste, deu negativo. Obrigada por me ajudar, Ayda."
"Que pena!"
"Não importa. É para o melhor."
"Muito bem! Agora você tem que ir; a bruxa está chamando por você."
"Obrigada por me ajudar, Ayda."
Enquanto Selene se dirige ao cômodo onde o grupo está fazendo suas refeições, Ayda vai ao banheiro para tentar se recuperar da humilhação que acabou de sofrer. Ela joga água no rosto e pega uma toalha de papel para se secar, e quando olha na lixeira, percebe a caixa do teste de gravidez que Selene usou, dizendo que deu negativo. A curiosidade a domina e ela se abaixa para pegar o teste e, para sua surpresa, diz:
"Positivo?! O que isso significa? Será que Selene mentiu para mim? Mas por que ela faria isso?" Ayda olha para o resultado do teste, perplexa.
De volta à mesa do café da manhã, Ian questiona Kailel com ironia, que havia afirmado que traria o rei Lycan:
"Então, Kailel, você disse que traria o tal rei Lycan. Onde ele está?"
E justo quando Kailel, visivelmente irritado com a piada que seu amigo queria fazer às suas custas, está prestes a responder, uma voz masculina profunda, até então desconhecida, chama a atenção:
"Estou aqui. Obrigado, Kailel, pelo convite, e peço desculpas por não ter acompanhado você ontem. Seria indelicado da minha parte deixar o Alfa do clã Lupinos de Aurora sem resolver o que realmente fui lá fazer."
Todos olham para o recém-chegado, notando sua beleza e presença imponente, chamando a atenção de Kyma, que não consegue parar de olhar para ele. Não só ela, mas até Kassia olha para o rei Lycan com interesse.
"E quem é você?" Ian pergunta, com uma expressão severa.
"Eu sou Lyall, o rei Lycan."
"Ah! Você é o filho do antigo rei, Wyatt... Entendi!" Ian zomba.
"E você deve ser Ian. Aquele que matou o próprio pai e irmão mais velho para se tornar um alfa. Que conveniente! Que moral você tem para falar sobre minha herança? Fique quieto se não tiver nada a dizer." Lyall confronta Ian.
"Vamos nos acalmar! Não há necessidade de toda essa tensão. Afinal, nosso objetivo é restaurar a paz e a harmonia. Por favor, Sr. Lyall, junte-se a nós." Kailel tenta apaziguar a situação, tocando um sino para chamar a serva Selene. Quando a jovem loba passa por Lyall, o rei alfa reconhece seu cheiro e a segue com os olhos, observando os detalhes de seu corpo: seu longo cabelo negro, sua figura bem definida com curvas nos lugares certos e sua pele clara como a neve. Por impulso, o rei Lycan agarra seu pulso, fazendo com que seus olhos castanhos encontrem os dela, âmbar:
"É você?"









































































































































