#### #CHAPTER 8

No instante em que chegamos em casa, os olhos penetrantes do Alfa Diego encontraram os meus. Sua testa se franziu ao ver as marcas nos meus braços e rosto.

"Mia," ele continuou, sua voz baixa, mas autoritária. "Por que você está voltando tão cedo? E o que são esses hematomas? Você foi intimidada de novo?"

Antes que eu pudesse reagir, senti Rolex se tencionar ao meu lado. Seus olhos se arregalaram de surpresa ao me olhar, aparentemente pego de surpresa. "Espera... Ela também foi intimidada antes? Por eles? Se eles já tinham feito isso antes, por que ela foi colocada lá de novo?" Suas palavras fluíam rapidamente, e eu podia ver perplexidade e remorso em seus olhos.

Diego suspirou, sua frustração evidente. "Eu pedi para você cuidar dela. Rolex, você deveria protegê-la. Mas você falhou. Ela voltou para a escola por minha causa, e agora olhe para ela." Seu tom era severo e desapontado.

Rolex se contorceu desconfortavelmente, claramente sentindo o impacto dos comentários de Diego. "Eu não percebi que as coisas estavam tão ruins." Ele murmurou, "Eu tenho que ir," e se desculpou. "Estou atrasado para o trabalho."

Sem esperar por uma resposta, ele se virou e foi embora, deixando a conversa inacabada. Meu olhar permaneceu em sua figura se afastando, evocando uma sensação de inquietação.

Diego voltou seu foco para mim, sua expressão suavizando. "Você deve descansar, Mia. Eu também vou sair para trabalhar, mas se precisar de algo, me avise."

Eu assenti, feliz pelo breve alívio, e subi para meu quarto. Ao me aproximar da porta, ouvi sussurros vindo da cozinha. Curiosa, fui na ponta dos pés em direção ao som e olhei ao redor da esquina.

Lá eu vi Xavier. Ele estava na cozinha com uma mulher vestindo uma roupa provocante e pequena. Ela se apoiava no balcão, evidentemente tentando chamar sua atenção. "Pose para mim," ouvi Xavier dizer, sua voz firme, mas a garota não parecia levar sua ordem a sério. Em vez de obedecer, ela tentou seduzi-lo, deslizando a mão pelo braço dele, suas intenções óbvias.

Nesse momento, o olhar de Xavier encontrou o meu. O pânico tomou conta de mim enquanto ele afastava a garota modelo, sua expressão mudando de surpresa para frustração. Eu me virei e corri de volta para o meu quarto, meu coração batendo acelerado. Eu não entendia por que testemunhar aquela conversa me deixou tão ansiosa.

A porta se abriu de repente, e Xavier estava lá, seus olhos imediatamente fixos nos meus. Ele entrou, fechando a porta com um clique suave. O quarto parecia menor com ele dentro, e o ar estava denso com tensão.

"Você estava espionando, Mia?" Sua voz era baixa e sedosa, mas com um toque de ameaça.

Eu balancei a cabeça rapidamente, tentando evitar seu olhar penetrante. "Não... Eu não estava. Eu não quis..."

Ele se aproximou, seu olhar nunca deixando o meu. Eu podia sentir o calor irradiando de seu corpo enquanto ele se aproximava. "Sério? Você não estava curiosa sobre o que estava acontecendo na cozinha? Apenas uma passada casual?"

Mordi o lábio, me sentindo acuada. "Eu só passei por acaso... Eu não estava tentando espionar."

Xavier sorriu, claramente satisfeito com meu estado frenético. "Certo, só 'passou por acaso' enquanto eu estava com aquela garota," ele comentou, seu tom zombeteiro. "Mas você saiu correndo tão rápido... quase como se estivesse com ciúmes."

Meu coração deu um salto, e senti minhas bochechas ficarem ainda mais quentes. "Eu não estava com ciúmes!" Eu exclamei, mas seu sorriso indicava que ele não acreditava em uma palavra do que eu dizia.

Ele deu mais um passo à frente, diminuindo a distância entre nós até ficar diretamente na minha frente. Sua mão estendeu-se e acariciou delicadamente minha bochecha machucada. Seu polegar deslizou suavemente sobre a marca, enviando arrepios pela minha espinha. "O que aconteceu aqui?" ele perguntou suavemente, sua voz caindo para um sussurro.

Eu não respondi porque estava muito envolvida no calor de seu toque. Seu polegar circulou minha bochecha, e eu me vi inclinando-me para ele inconscientemente.

"Por que você está respirando assim, gatinha?" Suas palavras assumiram um tom provocador novamente, e eu podia ver o prazer em seus olhos. "Está nervosa?"

"Eu não estou..." Tentei dizer algo, mas minha voz falhou, saindo instável e incerta.

Xavier se aproximou mais, seus lábios quase tocando meu ouvido enquanto murmurava, "É inapropriado agir assim perto do seu meio-irmão, sabia? Você está tornando as coisas muito mais difíceis do que deveriam ser."

Senti minha respiração prender na garganta. O tom descontraído em sua fala tornava difícil saber se ele estava brincando ou falando sério. Meu coração estava disparado, e eu não conseguia encontrar coragem para encarar seu olhar.

Seus olhos passaram rapidamente pelos meus lábios antes de voltar para os meus. "Você está corando," ele murmurou, seu tom brincalhão e gentil. "O que está acontecendo nessa cabecinha bonita, hein?"

Levantei rapidamente a palma da mão até a bochecha, reconhecendo que meu rosto estava queimando. "Eu... Eu não estou—"

"Você está," ele me interrompeu, sua voz ficando mais rouca enquanto se inclinava mais perto, seu hálito quente contra minha pele. "Você se sente assim com todo mundo, ou eu sou especial?"

Suas palavras me deixaram perplexa. Minha cabeça estava cheia de confusão e vergonha. Por que ele estava agindo assim? Por que ele tinha um impacto tão grande sobre mim?

Ele inclinou a cabeça ligeiramente, seus lábios perigosamente próximos dos meus, mas não fez contato. "Diga-me, gatinha," ele sussurrou. "Isso sempre acontece quando estou por perto?"

Engoli em seco, tentando recuperar o controle do meu coração acelerado. "Xavier..." eu sussurrei, minha voz trêmula, mas não tinha mais nada a dizer. Eu não conseguia pensar claramente com ele tão perto; sua presença era avassaladora.

Ele se afastou apenas um pouco, permitindo-me recuperar o fôlego, mas seu sorriso zombeteiro nunca desapareceu. "Você realmente é inocente demais para o seu próprio bem," ele murmurou. "É fofo."

Pisquei, tentando encontrar uma resposta. Suas palavras despertaram uma mistura curiosa de emoções em mim, incluindo vergonha, confusão e algo mais que eu não conseguia identificar.

A mão de Xavier viajou da minha bochecha até o meu queixo, erguendo minha cabeça e me forçando a olhar para ele. "Onde está a pomada?" ele perguntou baixinho, sua provocação substituída por algo mais sério.

Minhas mãos tremiam ligeiramente enquanto eu apontava para a mesinha ao lado da cama. "Ali..."

Ele olhou para a mesa, mas em vez de pegar ele mesmo, deu um passo para trás e me entregou o tubo. "Cuide de si mesma," acrescentou, sua voz gentil, mas com um tom que eu não conseguia identificar.

Esperei que ele ajudasse, mas ele simplesmente colocou a pomada na minha mão e se virou para sair. Quando ele se aproximou da porta, hesitou por um momento e, com uma expressão fria, olhou para mim. "Não me espione de novo. Pode não acabar da mesma forma na próxima vez."

Meu coração disparou quando a porta se fechou atrás dele, me deixando sozinha no quarto, perplexa e sem fôlego.

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