sequestrado

PONTO DE VISTA DE NATALYA

Escuridão total.

Foi tudo o que vi no momento em que abri meus olhos. Meus olhos doíam e minha cabeça latejava instantaneamente, então fechei os olhos imediatamente.

"Merda",

A ficha caiu quando abri os olhos novamente e percebi que estava vendada.

Morte

Os homens maus da noite passada mataram o homem e também a mulher que encontrei no banheiro.

Eles me drogaram também.

A ansiedade percorreu todo o meu corpo no momento em que me lembrei de tudo. Entrei em pânico e rapidamente tentei me levantar, mas algo me puxou para baixo.

Eu estava amarrada a uma cadeira. Lágrimas já enchiam meus olhos, eu me debatia contra as amarras, mas nada funcionava.

"Não vai desamarrar. Você é burra de pensar isso", disse uma voz profunda, e eu congelei. A voz provavelmente era de um dos guardas porque eles continuaram murmurando sobre mim, mas depois pararam e abriram a cela rapidamente.

"Bom dia, Sr. Dimitri", meus lábios tremeram imediatamente quando ouvi isso.

Era a minha vez.

Puta merda, esses homens iam me matar também.

Eu era a próxima, isso era evidente porque ouvi passos se aproximando de mim.

Não disse nada por um momento e não tentei mexer meu corpo de jeito nenhum.

"Ona yavlyayetsya tot suka, ya pokhishchen", (Ela é a vadia que eu sequestrei).

Russo de novo.

Quem quer que tenha falado, não sabia que eu entendia e eu não queria que soubessem.

"Pohchemu delal ty derzhat yeye zhivoy?", (Por que você a manteve viva?), a voz seguinte estava carregada de raiva.

"Mate-a agora mesmo", ele acrescentou antes que a pessoa a quem perguntou pudesse responder.

"Mas....",

"Vamos matá-la agora mesmo", o irritado interrompeu quem estava protestando no meio da frase.

Um choro involuntário saiu imediatamente dos meus lábios quando ouvi os passos, provavelmente dos homens da máfia, caminhando até mim. Para me matar.

"Ona ne spit." (Ela está acordada)

Alguém falou e então ele arrancou minha venda.

A luz forte me cegou imediatamente e eu estreitei os olhos, mas ainda assim reconheci o número de homens que estavam na sala.

Cinco homens... três homens enormes que tinham seus rostos escondidos por máscaras e os outros dois estavam vestidos com ternos pretos.

Prendi a respiração quando meus olhos subiram e caíram sobre aquele que testemunhei na noite passada matando um homem. O mesmo que ordenou seus homens a correrem atrás de mim e me pegarem. Ele ainda estava igual e apenas me encarou.

As coisas não estavam tão ruins até eu virar meus olhos e eles caírem sobre o próximo homem que também estava usando um terno.

Dizem que os olhos são o espelho da alma, mas a alma desse era fria e morta.

Ele tinha olhos azuis como o oceano, mas ainda assim eram demoníacos e aterrorizantes.

O que era pior, é que ele era terrivelmente bonito, com cabelo loiro espetado e uma altura imponente. Ele era forte, sua presença gritava poder. Ele era tão atraente, mas ainda assim parecia a morte, uma morte sombria e bela. O que era tão assustador, era como a escuridão dele era realmente bonita. Ele até tinha uma tatuagem de caveira exibida no pescoço.

Eu estava analisando ele, mas ele também estava me encarando com seus olhos demoníacos. Ele ficou parado, imponente acima de mim, com o maxilar cerrado. Quando deu um passo em minha direção, eu me encolhi sob seu olhar e abaixei a cabeça.

"Qual é o seu nome." Ele finalmente falou enquanto ainda se aproximava de mim.

Eu estremeci com seu sotaque russo, era forte e sua voz era tão fria.

"Eu juro, não vou contar para ninguém", O medo percorria meu corpo, eu simplesmente soltei as palavras que estavam na minha mente desde a noite passada.

"Eu perguntei seu nome, sua vadiazinha", Do nada, ele agarrou meu queixo e eu comecei a tremer imediatamente.

"Natalya", respondi rapidamente. Eu estava morrendo de medo e já estava suando.

"O último nome",

Minha ansiedade aumentou quando ouvi isso. Meu verdadeiro problema era esse. Eu não queria dizer. Eu não queria que ninguém soubesse.

Eu senti a tensão na sala, mas me recusei a falar o sobrenome. Senti os olhos de todos sobre mim enquanto esperavam que eu finalmente falasse, mas nada saiu da minha boca. Ninguém sabia que Nikolai Martinez era meu pai, então não havia como eu usar o sobrenome dele.

"Essa vadia precisa ser morta agora", Furioso, ele rapidamente tirou a arma do bolso e a apontou.

No momento em que vi a arma, ficou difícil para mim respirar. Senti como se as paredes da pequena sala estivessem se fechando sobre mim. Eu ia ser morta agora, mas ainda assim não estava pronta para dizer meu sobrenome.

"Irmão, deixa ela ficar, não a mate", ouvi uma voz feminina falar.

"Irmão?", Eu instantaneamente virei meus olhos para quem havia falado. Era a mesma mulher que se aproximou de mim quando estávamos no funeral do meu pai.

Dois parentes implacáveis da máfia russa.

O mesmo sangue.

"Não desta vez", O irmão de coração frio balançou a cabeça.

"Essa vadia acabou de me desrespeitar, eu não posso mantê-la viva?", Ele sibilou.

"E quando você ficou mole?", Ela acrescentou, encarando o irmão. Seu riso estava carregado de maldade e tudo de ruim. Parecia que eu tinha acabado de encontrar um diabo em sua verdadeira forma.

"Davayte derzhat' yeye zhivoy" (vamos apenas mantê-la viva), a mulher falou em russo e eu ainda fingi que não entendia.

"Por que deveríamos? Você sabe...", O homem cruel voltou para sua irmã.

Eu abri a boca e interrompi a conversa deles antes que pudesse me impedir, "Eu prometo que não vou contar para ninguém".

O irmão cruel se virou com fúria nos olhos. Parecia que era a primeira vez que alguém o interrompia. "Cale essa boca, Nata", Ele gritou, sua voz rugindo e ecoando.

"É Natalya." Eu estupidamente corrigi meu nome, mas em uma voz suave.

Seu olhar intenso queimou através de mim e ele rosnou, "NATA." Ele repetiu com um forte sotaque russo.

Eu fechei meus lábios e deixei que ele continuasse a discutir com sua irmã sobre minha permanência. A mulher explicou para ele por um bom tempo até que ele finalmente assentiu com a cabeça em aceitação.

"Leve-a para um dos quartos, mas no momento em que ela me desrespeitar novamente, não hesitarei em matá-la."