Eu parei

"Haa..."

Estava quente e úmido. Meu corpo estava entrelaçado ao dele em um frenesi de paixão. O suor dele se misturava ao meu. Tinha um gosto salgado, mas doce ao mesmo tempo.

Ele sempre enterrava a cabeça na curva do meu pescoço quando me abraçava. Seus dedos se entrelaçavam aos meus enquanto seus quadris se moviam impiedosamente.

Como sempre, ele não conseguia se controlar. Suas estocadas eram rápidas e brutas. Ele nunca saboreava a ação, nunca considerava a pessoa debaixo dele.

Mordi meu lábio para evitar os gemidos. Em vez de desacelerar, ele ficava mais excitado ao me ver tentando conter os gemidos. Ele achava que era um desafio. Então, ele acelerava o ritmo, certificando-se de que cada estocada fosse longa e profunda. Ele queria alcançar a parte mais profunda de mim.

Ele conhecia meu ponto sensível. Ele o tinha memorizado. E ele gostava muito de me provocar. Ele movia os quadris de forma que seu membro alcançasse aquele ponto G.

"Haaa..."

"Ngg..."

Ele atacava meu ponto sensível repetidamente. Eu não conseguia evitar tremer.

"Alex...", implorei chamando seu nome.

Ele adorava quando eu chamava seu nome assim. Com minha voz rouca, ele achava sexy. Eu podia sentir seu membro ficar mais duro dentro de mim. Seus movimentos começaram a fazer meu interior convulsionar.

Minha cabeça rolou para trás. Cada centímetro do meu corpo parecia estar sendo eletrocutado ao mesmo tempo. Eu estava tão perto do meu ápice.

"Alex...", chamei novamente. Ele desacelerou. Deliberadamente. Então, parou completamente. Seus olhos azuis me olhavam intensamente. Me desafiando.

Como eu disse, ele adorava me provocar.

Eu odiava essa parte dele.

Ele começou a lamber e chupar meu mamilo enquanto eu sussurrava as palavras, "Você é cruel..."

Seu sorriso era largo e verdadeiro. Ele sabia e eu sabia, que eu precisava de mais. Como sempre, eu tinha que ceder primeiro. Comecei a mover meus quadris abaixo dele.

"Ha..."

Eu me movia o mais rápido que podia. Eu estava tão perto.

Ele gemeu de prazer. Eu sabia que ele também estava perto. Eventualmente, ele cederia também.

Não demorou muito para que ele finalmente segurasse meus quadris firmemente novamente e começasse a mover os dele. Ele nunca conseguia esperar que eu terminasse. Eu estava me movendo muito devagar para ele. Então, ele me devastou novamente.

Eu gemi no auge do meu êxtase. E ele também. Seu corpo desabou ao lado do meu. Então, ele puxou meu corpo para o dele. Seus lábios deram pequenos beijos no meu pescoço e ombro enquanto seus dedos grandes brincavam com meu cabelo preto. Era uma recompensa, ele dizia, por trazer satisfação para ele.

Ficamos nessa posição por um tempo. Apenas nos olhando sem fôlego. Às vezes, ele perguntava coisas. Coisas aleatórias. Como "Qual é o seu maior medo?" ou "Quantos ex-namorados você teve?" Ao que eu respondia, "Altura" e "Nenhum". Eu nunca soube por que ele sempre me fazia ficar mais tempo do que precisava. Ele poderia simplesmente me pedir para ir embora naquele momento e eu não me importaria.

Afinal, tudo isso era uma transação comercial.

Antes que você tire conclusões precipitadas; Não. Eu não era uma prostituta. Eu era sua sugar baby... ou você poderia dizer namorada contratada, se isso aliviar sua consciência, de Alexander. Um sujeito muito rico na movimentada cidade de Nova York.

Ele era bastante reservado sobre seu trabalho e eu desisti de investigar sobre sua carreira há muito tempo, mas raramente ele precisava de assistência. Alguém que fosse bonita o suficiente para ser sua mulher troféu, mas também inteligente o suficiente para manter conversas em festas de negócios. Alguém bonita, mas não muito burra. Por exemplo, uma bonita estudante de medicina no último ano como eu.

Sim, estou me gabando. Você pode me odiar o quanto quiser. Não vou ficar fazendo rodeios sendo modesta. Afinal, foi minha aparência que me deu a oportunidade de ser a sugar baby de Alexander. E eu literalmente não tenho tempo para duvidar da minha aparência. Nem gostaria de gastar meu tempo fazendo isso. No entanto, acho que a beleza é relativa. Foi apenas uma coincidência eu ter encontrado o gosto desse cara rico.

De qualquer forma, nessas raras ocasiões, eu conseguia vislumbrar um pouco sobre o trabalho dele. Pelo que pude perceber, ele era CEO de uma start-up de jogos, The Matrix. A empresa dele era nova, mas já muito popular, e o próprio Alexander tinha feito uma fortuna em pouco tempo. Mesmo assim, eu nunca tinha ouvido falar da empresa antes. E eu achava que estava bem atualizada com as tendências do mundo...

Alexander me dava muito dinheiro para fazer companhia a ele não apenas em horários de trabalho, mas também em várias outras horas. Por isso, o termo do contrato era 'Sugar Baby'. E por oito meses, eu fui a sugar baby perfeita para ele. Cumpri minha parte do acordo.

Mas naquele dia. Aquele acordo terminaria.

Quando a luz da manhã chegou, eu me vesti e arrumei minhas coisas em silêncio, como sempre. Alex nunca se importava quando eu saía, então ele não acordaria. Coloquei meus saltos altos. Minhas pernas estavam bastante trêmulas quando tentei andar, mas eu perseverei.

Passei pelo mordomo a caminho da porta. "Xavier," chamei. O homem careca em um terno impecável estreitou os olhos para mim. Ele não estava totalmente feliz com meu relacionamento com Alex. Aquele velho queria que Alex tivesse um relacionamento normal com uma namorada carinhosa. Bem, a vida gosta de dar voltas.

Antes do sexo, eu tinha escondido a caixa contendo todos os itens que Alex já me comprou. Um iPhone X, um relógio chique de uma marca que eu não conhecia, alguns vestidos elegantes, mas também muito reveladores – no estilo de Alex, e uma chave de carro.

"O que você está fazendo?"

Também tirei o cartão preto que Alex me deu meses atrás da minha bolsa e o entreguei ao mordomo. "O que parece?"

"Você está desistindo?" ele perguntou.

"Sim."

Xavier bufou. "Você não pode desistir," ele disse, "O contrato estipula que você tem que devolver o valor que o Sr. Alexander gastou com você, junto com todas as suas despesas do cartão–"

"Olhe o valor do cartão," apontei o cartão preto para ele. Xavier me olhou com desconfiança. Mas ele pegou o cartão da minha mão e passou no pequeno caixa eletrônico. Sim, ele mantinha esses na casa porque havia muitas 'transações' acontecendo.

Os olhos de Xavier se arregalaram quando ele viu os números indicados pela máquina. "M– mas... como?"

Suspirei. "Felizmente, Alexander deixou de fora minha mensalidade do contrato. Eu estive economizando. No final, nunca usei um centavo dado por ele. Nem o pagamento inicial. E nem um centavo do cartão preto," eu disse a ele.

Alexander me deu um cartão preto sem limites. Ele disse que era para minhas 'compras', mas eu usei para outra coisa.

Aprendi rápido. E em festas de negócios, você aprende todo tipo de coisa. Especialmente sobre ações, o que está em alta e como ler isso. Então, comecei a comprar ações e esperar o momento certo. Demorou seis meses para que todos os meus investimentos retornassem com lucro. Demorou mais dois meses para triplicar o lucro para meu próprio sustento.

"V– você vai jogar todo esse dinheiro fora?"

Eu apenas o encarei. Como esse homem pensava pouco de mim?

"Foi bom te conhecer, Xavier." Coloquei meus óculos escuros e comecei a sair pela porta. Passei pelo meu Subaru no estacionamento, mas continuei andando. Despedi-me de Margareth, a jardineira, e Harris, o segurança.

"Tchau, Srta. Ann!"

Então, finalmente passei pelo portão principal do prédio de apartamentos – um apartamento privado que Alexander comprou exclusivamente para mim, e fui para a movimentada rua de Nova York.

Eu, a sugar baby, decidi desistir.