Capítulo 2

POV do Cole

Leva dez minutos para formar as equipes. Blaise escolhe Allie, então eu escolho Mia. Dou um sorriso de canto ao ver o olhar furioso dele quando ela vem ficar ao meu lado e sorri para mim.

Ela é bonita. Estou tentado a realmente transar com ela e gravar, só para irritá-lo.

Pegamos nossas máscaras e moletons pretos, puxando os capuzes para esconder o cabelo, e todos se dirigem para os fundos da casa. Samson mora no meio do nada, cercado por uma floresta – fácil de se perder, mas também fácil de esconder um corpo, se necessário.

Posso matar meu meio-irmão esta noite.

Ninguém diz uma palavra enquanto a única pessoa que não está jogando fica na nossa frente. “Os corredores têm uma vantagem de dois minutos. Lembrem-se das regras. Vão!”

Eles se dispersam, alguns já tropeçando nos próprios pés, outros disparando e sumindo de vista.

Espero não pegar a Allie. Ela provavelmente vai tentar me fazer transar com ela na terra como uma fantasia de estupro onde ela implora para eu parar. Ela adora isso.

Mas não tenho paciência para seus gemidos exagerados e suas unhas cravando nas minhas costas quando mal estou dentro dela. Estou começando a achar que não a amo do jeito que pensei. Do jeito que meu terapeuta insistiu que eu admitisse. Meus sentimentos são nulos quando se trata do nosso relacionamento.

Me forcei a pensar que sentia isso por ela. Mamãe queria que eu arranjasse uma namorada, e eu estava tentando agradá-la e provar que não sou um total desperdício de espaço depois que fugimos do meu pai, então encontrei a garota mais bonita da escola e disse que ela era minha.

“Um,” Samson grita, pulando nos pés enquanto ajusto minha máscara. “Dois.”

“Vou caçar a Anabelle e rasgar a buceta dela,” Keith diz, sua voz abafada pela máscara. “Ela tem me olhado a noite toda.”

“As regras, idiota.” Alguém ri, balançando a cabeça para nosso amigo. “Nada de transar com elas.”

Ele ri. “Assista.”

“Três. Vão!”

Todos se separam, e eu me dirijo para a floresta, com os punhos cerrados e pronto para espancar alguém. Especialmente o Blaise por ser um babaca mais cedo. Vou socar a cara dele no chão, e ele nem vai saber que fui eu.

Mamãe não pode me dar bronca dessa vez.

Está escuro, então mal consigo ver quando entro mais fundo nas árvores. Mas quando ouço gritos, isso me dá um impulso para continuar correndo, para pegar algum desgraçado e descontar minha raiva nele.

A antecipação se acende dentro de mim quando vejo alguém correndo à frente. Acelero meus passos e começo a perseguição, gostando da forma como meu coração dispara e a adrenalina injeta nas minhas veias. Eles olham por cima do ombro, me notando, a lua brilhando através do dossel me guiando em direção a eles.

Eles estão correndo tão rápido que quase os perco algumas vezes enquanto desvio de galhos e pulo sobre árvores caídas.

A pessoa tropeça, e eu aproveito a oportunidade para derrubá-la no chão, prendendo-a de bruços na terra. Meu corpo está vivo enquanto eles se debatem sob mim. Mais vivo do que jamais esteve.

Tentando se libertar empurrando contra a terra, eu agarro a parte de trás da cabeça deles sobre o capuz e os empurro para baixo. Meu peso nas costas deles os mantém no lugar, e eu fecho os olhos, tentando relaxar os impulsos.

Meu coração bate tão forte. Mas isso não é tudo.

A necessidade de machucar essa pessoa está lá, mas diminui quando percebo que meu pau está pressionando contra minhas calças.

Confuso, olho para baixo, onde meu volume brilha sob a luz da lua enquanto pressiona contra a bunda da pessoa.

Estou duro como uma rocha, pressionando contra a pessoa sob mim, que nem está mais lutando ou tentando escapar. Eles estão tentando controlar a respiração errática e cravando os dedos na terra.

Definitivamente não é a Allie. Ela estaria gritando e batendo e exigindo que eu saísse de cima dela até perceber que sou eu e arrancar as próprias roupas.

Quem estou enganando? Ela faria isso com qualquer um. Já perdi a conta de quantas vezes ela foi procurar sexo em outro lugar. Já bati em caras só por pensarem em me desrespeitar, mas essa é a única razão. Não sinto dor ou raiva quando ela transa com outros pelas minhas costas.

Essa pessoa é alta como eu, tem uma estrutura grande, e acho que posso estar pressionando meu pau contra a bunda de um cara. Independentemente desse conhecimento, seguro a nuca deles, mantendo-os no lugar enquanto meu desejo de vencer toma conta, e balanço meus quadris para frente.

A depravação corre pelo meu sangue enquanto sinto meu pau ficar ainda mais duro.

“Saia de cima de mim,” a voz tensa e abafada avisa.

Apesar de tudo dentro de mim me dizendo para sair de cima desse cara e espancá-lo para que ele nunca descubra quem acabou de esfregar contra sua bunda, meus testículos se contraem, e eu o forço mais para dentro da terra pelo pescoço.

“Pa-re,” eles sussurram, mas não há mais luta neles.

Endireito meus braços, empurrando o capuz da pessoa para baixo, parando quando vejo cabelo curto e escuro. A realidade me atinge que posso realmente estar excitado por um cara agora, mas ainda não saio de cima deles.

Droga. Meu pulso ressoa nos meus ouvidos com a suavidade do cabelo deles enquanto deslizo minha mão pela nuca e passo os dedos pelos fios ondulados.

E meu pau se contrai ainda mais, meus pulmões queimam com a necessidade de prazer – não me senti assim há meses. Algo dentro de mim se quebra. Eu me levanto, puxando a pessoa bruscamente pelos cabelos até os joelhos. Eles não se movem enquanto eu olho para a máscara preta.

Quem quer que seja, está se submetendo. Até onde eles vão me deixar ir?

Alcançando o queixo da máscara, eles não me param enquanto a deslizo para cima, e hesito, meu coração batendo forte e meu pau pulsando enquanto olho para meu meio-irmão.

Engulo em seco, meus olhos fixos nos lábios dele, na maldita boca dele.

A respiração pesada – como é audível.

Por que estou ficando mais duro?

Os olhos verdes que preciso encarar todos os dias estão fixos na minha máscara, me lembrando que nunca serei tão bom quanto ele. Nunca serei o bom menino da família ou me destacarei na faculdade. Sou o rejeitado, a ovelha negra que é apenas uma decepção como meu pai, e é tudo por causa desse idiota.

Cerrei os dentes enquanto agarro o queixo dele, alcançando meu cinto e desabotoando-o rapidamente, incapaz de pensar direito. “Abra,” digo, fazendo tudo que posso para esconder minha voz. “Abra a porra da boca.”

Os olhos de Blaise se arregalam, mas ele não recusa nem me manda me foder. Ele não diz que tem namorada ou que não está interessado. Ele não percebe que seus olhos estão caindo para o pau do meio-irmão.

Agarro meu comprimento grosso, o pré-gozo já vazando da ponta enquanto roço seus lábios macios que estão implorando para se envolverem em mim. Posso ver pelo olhar nos olhos dele. Aterrorizado, mas necessitado.

Blaise está nervoso – as respirações que saem de seus lábios não são de correr.

Ele nem sabe de quem é o pau na cara dele. Me pergunto como o pai dele reagiria se visse seu filho angelical chupando o pau do meio-irmão? Nem tenho meu celular comigo para gravar esse momento.

Agarrando um punhado de cabelo dele, puxo sua cabeça para trás, esfregando a parte de baixo do meu pau contra a boca dele e deixando um gemido profundo sair da minha garganta tensa. Eu deveria estar envergonhado disso – tenho uma namorada. E essa é a boca do Blaise contra a qual estou esfregando meu pau.

“Língua para fora,” digo, baixo e exigente.

Aperto meu punho no cabelo dele enquanto o calor da língua dele desliza contra a parte de baixo do meu pau. Por mais que isso seja uma forma de puni-lo, estou morrendo de vontade de enfiar meu pau na boca dele, de sentir o quão bom ele é em chupar.

Nunca tive um cara chupando meu pau antes. Droga, nunca fiz nada com um cara antes. Por que isso está acontecendo? Por que meu corpo está reagindo assim? Por que quero prendê-lo e forçá-lo a engolir cada centímetro na garganta?

As mãos dele voam para empurrar minhas coxas enquanto eu empurro na boca dele, finalmente me dando alguma resistência. E, caramba, isso é tão bom. Ele está tentando me afastar, mesmo enquanto envolve os lábios ao redor do meu pau, fazendo meus testículos se contraírem e formigarem.

Seguro a parte de trás da cabeça dele, mantendo meu equilíbrio enquanto o puxo para mim, forçando-o a engolir mais um centímetro.

Há vozes ao nosso redor. Alguém está gritando para alguém parar. Acho que pode ser a namorada do Blaise. Talvez ela esteja sendo estrangulada, da mesma forma que estou estrangulando o namorado dela com meu pau.

Forço-me mais fundo, sentindo a garganta dele se contraindo ao meu redor. Os olhos dele estão lacrimejando, e eu quero tirar uma foto para mostrar a ele. Eu poderia usar isso como chantagem na próxima vez que ele tentar usar minha mãe contra mim, o pequeno bastardo traiçoeiro.

A raiva me consome, pensando em todas as vezes que ele me fez parecer o vilão para nossos pais, e eu agarro os dois lados da cabeça dele e fodo sua boca com força, deleitando-me com o som dele engasgando e arfando ao redor da minha grossura.

É ruim que a Allie não me faça sentir assim? Tão selvagem enquanto recebo um boquete? Estou como um animal enquanto o destruo completamente até que suas mãos deslizem das minhas coxas, desistindo enquanto controlo sua cabeça.

Não acho que ele esteja respirando, mas seus olhos permanecem fixos na minha máscara. Acho que ele ainda está de alguma forma vivo enquanto eu continuo a estocar sua boca repetidamente.

Outro grito atrás, muito longe para ver o que estou fazendo com o Blaise, então vou mais rápido, mais forte, sentindo a coroa inchada machucando o fundo da garganta dele até eu ver estrelas.

Minha cabeça cai para trás, alongando meu pescoço enquanto solto um gemido.

Os músculos das minhas coxas se contraem enquanto tento manter esse ritmo rápido, vacilando enquanto ele geme e engasga ao redor do meu pau. Cerro os dentes, gemendo enquanto a pressão ao redor dos meus testículos fica insuportável.

Droga.

Droga, droga.

Eu xingo através da minha máscara enquanto paro, roubando-lhe o ar enquanto mantenho meu pau enterrado fundo. Meu gozo escorre pela garganta dele em jatos até minha visão ficar turva, e eu quase perco o equilíbrio.

Ele engole cada gota, seus olhos molhados fixos na minha máscara enquanto eu permaneço na posição, meus dedos cravando no crânio dele até eu puxar meu pau para fora da boca dele e empurrá-lo para trás.

Blaise não tem um segundo para se recompor antes que eu enfie meu punho no rosto dele, nocauteando-o.

Afastando-me, enfio meu pau de volta nas calças, sem fôlego, meu peito arfando enquanto tento entender o que diabos acabei de fazer. Blaise está inconsciente na terra com meu gozo revestindo sua garganta, e eu não me arrependo.

Nunca me interessei por um cara. Não que eu esteja interessado nesse idiota – eu só queria destruí-lo e meu pau atrapalhou.

As calças do Blaise estão completamente armadas. Parece que meu meio-irmão gostou de chupar pau. Posso ver a mancha molhada através do tecido com o brilho da lua rompendo pelo dossel das árvores.

Dou uma risada profunda para mim mesmo, balançando a cabeça enquanto me viro e o deixo no meio da floresta, oficialmente cansado desse maldito jogo.