Capítulo 7 - Eu só quero fazer amor com você

"Você não sabe, pequeno tolo

Você nunca pode ganhar

Use sua mentalidade

Acorde para a realidade

Mas cada vez que eu faço, só de pensar em você

Me faz parar antes de começar

Porque eu tenho você sob minha pele."

Frank Sinatra - I've Got You Under My Skin

Capítulo 7 - Eu Só Quero Fazer Amor Com Você

(John)

Tenho certeza de que a Marilyn quer me enlouquecer. Já faz duas semanas desde que a peguei sendo chupada por um cara no meio da sala. Ela apertou aqueles seios dela enquanto gemia olhando para mim. Aquilo mexeu comigo de um jeito que, pela primeira vez na vida, eu quis transar com uma mulher como ela, na verdade, eu a queria. Tanto que acabei ligando para a Danna Ella enquanto a comia no quarto.

Nessas duas semanas, fiz de tudo para tirar o desejo da minha mente, comecei a transar com várias na mesma noite e sempre levava uma para casa, enquanto ela levava o Doug quase todos os dias para o apartamento.

Eu sabia que a Marilyn odiava a Vivian. As duas se esbarraram na revista e agora em casa, toda vez que a Marilyn chegava com o Doug, a Vivian já estava no apartamento. Um dia, quando a Marilyn chegou, eu estava recebendo um oral da Vivian no meio da sala, ela olhou para mim e foi para o quarto, onde ficou até de manhã.

Hoje, quando acordo no meu quarto, penso na Vivian e na Clarissa no outro quarto. Tivemos uma noite muito prazerosa, sem dúvida serviu para tirar a Marilyn da minha cabeça.

Assim que me levanto, vejo que já passa das nove, vou ao banheiro e tomo um bom banho quente para tirar o cheiro do doce perfume que cobria meu corpo. Assim que termino de me limpar, me seco, coloco uma calça de moletom e uma camiseta simples e vou para a cozinha tomar café.

Só podia ser algum tipo de pegadinha.

Marilyn estava inclinada sobre o balcão onde Alice estava cortando algo, ela usava um shortinho preto minúsculo que apertava ao lado de seus quadris volumosos e mal continha suas coxas grandes. Ela estava usando uma blusa de alça tão transparente que dava para ver todo o seu sutiã rosa.

Engoli o ar alto, imaginando como seria transar com a Marilyn ali mesmo, me imagino entre suas coxas ouvindo seus gemidos de prazer enquanto a fodo com força.

"Aproveitando a vista, Kross?" Ela pergunta, me tirando do meu doce delírio.

"Por que eu perderia meu tempo olhando para a sua bunda gorda?" Eu tinha que parar de ofendê-la toda vez que falávamos.

"Vai se ferrar, John." Ela fala sorrindo. "Você deveria aprender a disfarçar melhor." Ela balança ainda mais a bunda. "Só olhe e pense no que você nunca vai ter." Ela diz acariciando a própria bunda, meu pulso acelerando para um lugar não tão bom.

"Vai se ferrar, Monroe." Falo, indo em direção à frente do balcão. "Alice, você tem café pronto?" Pergunto, olhando para a empregada sorridente, que me serve uma xícara. Ela me oferece um croissant e eu aceito, pegando tudo e indo me sentar em frente à grande janela de vidro.

A vista é algo glorioso, o sol brilhando nas árvores verdes do Central Park. Com essa bela visão, deixo minha mente se perder em meus pensamentos até ouvir um movimento ao meu lado.

"Essa vista é linda, quase todas as manhãs eu me sento aqui e olho para lá." Marilyn diz. Eu me viro para olhar seu rosto. "Uma coisa que tenho que reconhecer é o bom gosto do Jebe, ele sempre buscou o melhor."

"Eu sei disso. Debbie diz que eu herdei isso dele." Digo, encarando-a. "Eu sempre busco o melhor em tudo."

"Vai atrapalhar?" A voz de Vivian e seu sotaque francês chamam minha atenção.

"De jeito nenhum, querida." Marilyn diz, virando-se na cadeira. "Fiquem à vontade, vocês duas." Marilyn olha para Clarissa e Vivian, ela se aproxima de mim e sussurra no meu ouvido com uma voz sexy.

"Duas e você ainda fica duro olhando para a minha bunda?" Posso sentir o sorriso dela. "Eu disse que esse osso não alimenta ninguém." Droga, droga, Marilyn.

Me certifico de não explodir ali no meio da cozinha enquanto ela vai até Alice e pega um copo cheio de frutas com chantilly e sai rebolando aquela maldita bunda.

Logo Vivian se senta ao meu lado e começa a falar, Clarissa faz o mesmo enquanto eu me desconecto daquela merda.


"Não pode ser sério, é você?" Leonard me encara incrédulo. "Tantas mulheres em Nova York e você vem me dizer que só quer a pedra no seu sapato?"

"Eu sei que essa merda soa como loucura, mas não consigo imaginar nada além de enfiar meu pau nela." Falo olhando para meu amigo. "Eu sei, você vai dizer que eu abaixei meu padrão?"

"Marilyn é uma mulher bonita, mesmo gorda, a única coisa que estraga tudo nela é a maldita boca." Meu amigo fala. "Mas agora que estou aqui, vou te ajudar, mas vou querer uma coisa."

"O que você quer, Leonard?" Pergunto, olhando para meu amigo que agora vai trabalhar como meu ajudante, se Marilyn tinha Tessa, eu teria Leonard.

"Vou querer o telefone da Debbie."

"Nem fodendo, seu desgraçado, tem muitas mulheres dentro e fora da revista para você comer." Falo fulminante. "Debbie é minha segunda mãe, você acha que vou deixar você se aproximar dela?"

"Acredite, meu amigo, tenho as melhores intenções com a Debbie." Cerro os punhos e Leonard percebe. "Calma, não vou me aproximar por enquanto, se isso te incomoda tanto."

"Vai se ferrar, seu desgraçado." Digo, voltando minha atenção para o trabalho.

Leonard decidiu começar numa quinta-feira, o pior dia da semana na revista, tínhamos que fechar pautas e editoriais para a revista semanal, além de montar as da revista mensal.

A primeira parte do dia foi um completo desastre, Vivian discutiu com Ella sobre as modelos da capa. Depois, pelo artigo sobre moda plus size e por causa do acabamento de uma página. Seria difícil manter Vivian aqui por muito mais tempo. Leonard foi quem apagou os incêndios da revista. Quando o dia termina, agradeço a Deus por finalmente ter conseguido me livrar da Vivian.

Chego em casa por volta das oito horas, tomo um bom banho e decido assistir a um jogo na sala e vou para a cozinha preparar um sanduíche. Assim que entro, vejo Marilyn sentada no balcão apenas de calcinha e sutiã com um pote de sorvete entre as pernas e um pacote de biscoitos ao lado. Ela comia o que parecia ser um sanduíche feito com biscoito e sorvete.

Só podia ser alguma brincadeira do destino. Meu pau desperta na hora para a cena e fico ali parado olhando para ela, até que Marilyn me olha e sorri.

"Aproveitando a vista, Kross?" Pergunta minha tentação particular.

"Agora não temos mais cadeiras neste lugar?" Pergunto disfarçando. "O que você está comendo?" Marilyn me olha e sorri.

"Temos cadeiras sim e estou comendo um sanduíche de sorvete." Ela diz me olhando. "Quer um?" Pergunta, no momento em que o sorvete derrete sobre seus seios, ela apenas inclina a cabeça e lambe o local onde o líquido estava, ela me olha depois de fazer isso e apenas sorri.

"Quero." Eu a encaro, ela termina de comer o dela, pega um biscoito e coloca uma colherada de sorvete de morango e cobre com outro biscoito, ela me olha angelicalmente e me entrega o "sanduíche". "Obrigado, Marilyn."

"Ella, prefiro que me chame de Ella." Ela diz gentilmente.

"Não me importo com sua preferência, vou te chamar do que eu quiser, Marilyn." Digo, virando-me e saindo da cozinha, desisto de ver qualquer coisa na sala e vou para o meu quarto, como o biscoito com sorvete e me troco, ligo para Clarissa e aviso que estou indo para o prédio dela, assim que saio do quarto, vejo Marilyn no corredor, ela me olha e sorri, eu a observo de cima a baixo, ela usa um conjunto de renda vermelha quase transparente, a calcinha é mais alta do que o normal, o que a deixa ainda mais sexy, desvio meu olhar de Marilyn e quase corro passando por ela. Passo a noite com Clarissa e volto para casa pela manhã.


A sexta-feira passa lentamente, Leonard me acompanha em várias reuniões e depois revisa comigo algumas matérias da nova edição, Marilyn está presente de uma maneira quase irritante. Durante a tarde, temos uma reunião sobre um ensaio especial, Marilyn quer fazer um editorial sobre noivas, ela pretende contratar modelos que fotografariam na antiga casa da minha mãe em Albany, com vestidos de alguma marca famosa. Assim que essa reunião termina, Tate, um dos estagiários, aparece na sala que compartilho com Marilyn.

"Ei, passando para convidar vocês dois para uma festa hoje, vai ser na Brooklyn Brewery, vai começar às dez." A ruivinha sai rapidamente e eu apenas olho para Leonard, que sorri animado.

São dez e meia quando Leonard e eu chegamos à Brooklyn Brewery, talvez a melhor cervejaria de Nova York, além de ser uma parada certa para quem quer se divertir. Hoje, um DJ anima o lugar que foi fechado para celebrar a nova cara da Empire Kross. Todos estão vestidos casualmente, até mesmo Marilyn, que usa jeans rasgados e uma regata.

Vou ao bar e peço uma lager, uma deliciosa cerveja amarga. Assim que ela me entrega o copo, dou um gole e o líquido frio e amargo me faz relaxar enquanto observo Ella dançar ao som de Ariana Grande. Por mais que eu tente, não consigo desviar o olhar do corpo volumoso que acaba dançando, mas não deixo de notar Leonard dançando com Debbie.

Marilyn não para de beber enquanto dança, já que eu me concentro mais nas bebidas também. O novo advogado da empresa chega e logo vai cumprimentar Marilyn e Tessa, as duas sorriem e conversam com ele. Penso em acabar com a graça do infeliz, mas me seguro para não fazer o que quero. Sinto que o excesso de álcool começa a fazer efeito, mas não paro de beber.

São quase duas da manhã quando o bar está praticamente vazio. Estou terminando o último gole da cerveja quando uma mulher se aproxima, pega o copo da minha mão e o coloca no balcão antes de me beijar. A boca dela tem um gosto doce e seu perfume é delicioso.

Começo a beijar o pescoço da mulher até que ela me afasta. Ouço ela dizer algo sobre a casa dela ou a minha e digo para irmos para a dela. Chamamos um táxi que nos leva de lá. Passamos por um porteiro e pegamos um elevador. Eu a puxo para mim e a beijo com avidez. Quando o elevador para, saímos tropeçando, arrancando nossas roupas, ela me guia até o quarto onde transamos várias vezes até ficarmos exaustos e ainda bêbados demais para fazer qualquer outra coisa.

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