Enjaulada com o Lobo

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Laurie · Atualizando · 71.6k Palavras

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Introdução

Bem, que se dane ele.
Sua companheira. Aqui.
Sebastian rangeu os dentes, sua companheira tinha olhos astutos. Ele gostou disso. E ele podia sentir nela que a dança do acasalamento já havia começado, e – humana ou não – ela não era imune a isso.
Ela era dele.

****Um trabalho misterioso enviou Paige Torres, uma psicóloga criminal, para o congelante Alasca. Lá, ela conheceu um prisioneiro devastadoramente bonito, que conseguiu roubar seu coração. Sebastian, o Rei Alfa que caiu em uma armadilha humana, foi preso como sujeito experimental para alguns cientistas humanos malignos e ambiciosos. Ele só pensava em vingança, até que um dia viu a mulher sentada em uma cadeira à sua frente, tentando estudá-lo. Naquele momento, ele soube imediatamente que a Dra. Paige Torres era sua companheira.

Capítulo 1

"Quando foi seu último ciclo menstrual?"

Paige soltou um suspiro, ainda se recuperando da semana. Em menos de dez dias, ela havia passado do fundo do poço para... seja lá o que isso fosse.

Ela não estava mais desempregada, isso ela sabia. Agora era uma orgulhosa funcionária do governo dos EUA – ou, pelo menos, uma Contratada Independente contratada como consultora para uma empresa de pesquisa independente que trabalhava para o governo dos EUA.

E ela não tinha tanta certeza sobre a parte do 'orgulhosa' disso também.

Ela ainda não sabia exatamente o que faria durante seu tempo aqui no Norte congelado. Após uma longa entrevista por telefone, um processo inicial de vários dias e uma mudança de localização que deu um nó na cabeça, ela sabia que estava ali para 'auxiliar um esforço de pesquisa confidencial com sua expertise consultiva'.

Se ela conseguisse passar por esse exame de admissão surpreendentemente minucioso – intrusivo – talvez obtivesse algumas respostas reais.

"Não me lembro," respondeu. "Sempre tive períodos irregulares."

"Você teve relações sexuais nos últimos trinta dias?"

Paige piscou. "Sim?"

O examinador lhe entregou um formulário em branco preso a uma prancheta. "Preciso que você assine aqui para consentir que seus níveis de hCG e hormônio luteinizante sejam verificados e monitorados."

Paige meio que entendeu por que eles queriam fazer um teste de gravidez. Meio que. Mas a outra parte...

"Hormônio luteinizante? Tipo para ovulação?" Ela exclamou, sua coluna ficando reta como uma tábua. "Por que diabos vocês precisariam saber disso, quanto mais acompanhar?"

"Procedimento padrão." O examinador deu de ombros. "Você entende."

Exceto que ela não entendia.

Isso era uma orientação, não seu exame físico anual. Esse tinha sido, de longe, o dia de trabalho mais estranho que ela já teve, e ainda nem era meio-dia. Já havia sido cutucada e examinada e assinado documentos que mal teve tempo de ler.

Seu telefone havia sido confiscado e substituído por um descartável que não tinha acesso à internet e – ela estava quase completamente certa – provavelmente estava sendo rastreado. Toda vez que pedia esclarecimentos ou uma explicação, recebia o mesmo discurso sobre 'informações classificadas' isso, e 'protocolo do governo' aquilo.

E então veio o interminável dia de testes. O teste de drogas, ela esperava. Os testes físicos e de aptidão eram estranhos, mas ela já tinha ouvido falar de empregadores tomando todo tipo de precauções extras para garantir que os funcionários estivessem aptos a passar um período prolongado no Alasca.

Mas os exames de sangue eram estranhos de uma maneira que ela não conseguia explicar.

E rastrear seu ciclo era informação demais.

Paige já sabia o suficiente para saber que nunca receberia uma explicação para nada disso.

Todos que ela havia visto até agora tinham um crachá com o logotipo do Departamento de Segurança Interna, e essa era a mesma agência para a qual disseram que ela trabalharia depois de responder àquele anúncio de emprego estúpido.

Ia contra sua natureza ignorar sinais de alerta como esses. Um de seus lemas favoritos era: 'Desespero é uma inevitabilidade. Ser burro é uma escolha.' Ela deveria cancelar tudo, dizer para rasgarem seu contrato e enfiá-lo onde o sol não bate.

Mas o dinheiro.

Trezentos mil dólares.

O suficiente para cobrir o tratamento de seu pai e ainda sobrar. Três meses de trabalho em troca de se sentir segura novamente.

"Ei."

Paige levantou os olhos do formulário e viu seu examinador – Dr. Scott, pelo crachá – olhando para ela com o primeiro sinal de calor humano que ela experimentou desde que chegou ao Alasca.

"Eu sei que isso é muita coisa, e vou ser honesto, você não vai conseguir algumas das respostas que está procurando," ele disse com um sorriso irônico. "Risco ocupacional de trabalhar para o governo. Posso te dizer que todos passam por um processo semelhante."

"O que é aqui?" Ela insistiu.

"Isso, eu não estou autorizado a dizer," ele respondeu com um tom brincalhão. "Protocolo do governo, sim. Como as pessoas continuam dizendo."

"Tudo o que você precisa saber; o Diretor Wen vai te contar." Ele se inclinou e colocou um copo plástico transparente na mesa ao lado dela, "Assim que eu receber os resultados dos testes."

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

A suspeita estava começando a dar lugar a uma curiosidade mórbida. Ela sempre teve uma disposição inquisitiva – os professores a chamavam de precoce. Seu pai a chamava de intrometida. De qualquer forma, ela tinha um talento para farejar um mistério e se agarrar a ele. Quando isso continuou a colocá-la em apuros, ela finalmente decidiu fazer uma carreira disso.

Seja lá o que fosse essa operação maluca, tinha pontas soltas para puxar, e Paige estava ansiosa para desvendá-las.

"Mais uma coisa," Jared interveio. "A Diretora Wen, ela é nova aqui. Chegou há poucos dias. Eu tomaria cuidado com ela se fosse você."

"Por quê?"

"Ela não parece ser do tipo que gosta de perguntas."

Como o diabo batendo à porta, houve uma batida na porta da sala de exames antes que ela se abrisse sem esperar por uma resposta. Uma mulher alta e esbelta entrou. Ela era bonita de uma maneira severa – todas linhas duras e superfícies lisas, cabelo preso em um coque apertado.

"Dra. Torres. Sou a Dra. Wen, a Diretora principal do Projeto Far Side. Estou satisfeita em finalmente conhecê-la." Ela não parecia satisfeita, mas quando estendeu a mão, Paige a apertou.

Projeto Far Side.

Era o primeiro título que ela conseguia associar ao seu novo trabalho. Soava misterioso. Importante.

E, se ela havia recebido essa informação, esperava que mais respostas viessem a seguir.

"É um prazer conhecê-la, Diretora Wen."

A mulher assentiu, parecendo satisfeita como se tivesse acabado de riscar uma tarefa da lista. Ela se virou abruptamente e começou a sair da sala.

"Agora que as formalidades estão fora do caminho, gostaria que me seguisse. É hora de começar."

Paige foi atrás dela, acenando rapidamente para Jared enquanto acelerava para acompanhar a Diretora.

"Como você sabe, foi trazida para emprestar sua expertise em um assunto de especial interesse para o governo dos Estados Unidos, correto?" Seu discurso era medido e cortante. A maneira como alguém fala porque precisa, não porque quer.

"Suponho que sim."

"Você parece incerta." Não era uma pergunta.

Paige pensou no aviso de Jared e prontamente decidiu que não funcionava para ela. "Não posso dizer que vocês têm sido muito abertos com informações desde que cheguei aqui. Não sei exatamente o que estou fazendo aqui, para ser franca."

Wen se virou para ela.

"Deixe-me deixar uma coisa clara para você, Dra. Torres. O que acontece dentro desta instalação vai além de preocupações insignificantes, da insistência insuportável em direitos inalienáveis," ela afirmou. "Isto não é o LAPD. Você está no Estado Profundo agora, e não toleramos detratores ou desertores. Se você não acha que pode lidar com isso, talvez precise reavaliar suas motivações para estar aqui."

Bem, então. Paige não precisava de um diploma para perceber que um desafio havia sido lançado, e recusar-se a aceitá-lo significaria a vida de seu pai.

Ela sabia disso, é claro. Era sua motivação para estar ali em primeiro lugar.

Só não tinha percebido que isso era uma alavanca. Para mantê-la ali. Ou para mantê-la calada.

De qualquer forma, Paige havia sido completamente colocada em seu lugar.

"Claro, Diretora."

A mulher assentiu e continuou em frente.

Paige a seguiu silenciosamente por uma série de corredores sem características até chegarem a um elevador. Uma vez dentro, a Diretora Wen inseriu uma chave física e a girou. Sem apertar nenhum botão, o elevador começou a subir.

Ela não sabia por que isso a surpreendeu, que estavam subindo. Toda essa merda clandestina parecia coisa de subterrâneo.

Mas subiram, até finalmente parar no que devia ser o último andar.

"Como você passará a maior parte do seu tempo aqui em cima, logo receberá uma chave para o elevador," a Diretora informou, conduzindo-a a um pequeno saguão quadrado com portas duplas de metal espesso em cada parede distante. "Os escritórios estão na ala direita."

Eles viraram à esquerda.

A ala além parecia muito mais com o que ela esperaria de uma instalação de pesquisa, cheia de paredes brancas e salas com grandes espelhos olhando para dentro delas. Lá dentro, pessoas de jaleco branco estavam ocupadas trabalhando, sem parecer minimamente preocupadas com a organização esquisita para a qual trabalhavam.

"Posso perguntar para onde estamos indo?" Paige perguntou.

Eles chegaram a outro conjunto de portas duplas no final do corredor e, com um escaneamento do crachá da Diretora, passaram por elas. Do outro lado, as instalações eram muito mais contidas, com apenas um escritório de segurança de frente para uma única sala de observação central.

"Isso," a Diretora começou, conduzindo-a até a janela da sala de observação. "É o Projeto Far Side."

Cada pelo do corpo de Paige ficou em pé quando ela olhou para dentro. Ela não sabia o que esperava, mas certamente não era o que encontrou.

Um homem.

"Oh."

Paige não precisava olhar para sentir os olhos escuros da Diretora Wen a encarando como um falcão, esperando ver o exato momento em que ela quebraria sob pressão. "Está tudo bem, Dra. Torres?"

"Sim."

Não.

Paige estava subitamente muito consciente de que estava fora de sua profundidade. Já achava que esse era o caso, mas não – ela estava se sentindo fora de sua zona de conforto. O que, para ela, já dizia muito.

Nem precisava dizer, mas ela passava muito mais tempo ao redor de criminosos violentos do que a maioria – não era estranha ao lado sujo da encarceramento institucional. Paige não conseguia identificar exatamente, mas isso não era aquilo.

Para começar, ela estava acostumada a ter pacientes. Às vezes clientes.

O quadro branco perto da sala de observação aqui dizia, Sujeito Alpha.

Sujeito.

Ela odiava essa merda em vários níveis diferentes.

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Aviso de gatilho!!!

Destinado a leitores maduros que gostam de romances complexos, de desenvolvimento lento, possessivos, proibidos e sombrios que ultrapassam limites.

TRECHO

Sangue por toda parte. Mãos tremendo.

"Não!" Meus olhos ficaram embaçados.

Seus olhos sem vida me encaravam, seu sangue formando uma poça aos meus pés. O homem que eu amava—morto.

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